domingo, 29 de junho de 2014

Mais eficiente que Neymar e Messi, Müller conquista o status de estrela

Thomas Muller Alemanha  (Foto: Getty Images)

Futebol coletivo, jogadores trocando de posição constantemente e pouco estrelismo. Diferentemente de Brasil e Argentina, que têm em Neymar e Messi as suas esperanças para conquistar a Copa do Mundo, a Alemanha chama a atenção por dividir de forma igualitária o protagonismo. Ou chamava. A afirmação era uma verdade incontestável até começar o Mundial. Aos poucos, Thomas Müller se apossou do status de referência do time e terminou a fase de grupos como o cara de sua seleção.

Você pode não considerar Müller o jogador mais talentoso desta Copa, mas não deve brigar com os números: até aqui, o alemão foi mais eficiente que Neymar e Messi. Precisou de sete finalizações para marcar os seus quatro gols, quatro a menos que o brasileiros e seis a menos que o argentino. Os dados foram inclusive destacados orgulhosamente pela DFB (Federação Alemã de Futebol).

- Na fase preparatória nós vimos que o Müller é mentalmente forte e vai ser difícil para qualquer adversário detê-lo. É difícil enfrentá-lo porque ele é muito inteligente e sempre descobre uma maneira de chegar na área. Ele está muito bem fisicamente e tenho a impressão que é muito fácil para ele. É um jogador muito importante para nós – disse o técnico Joachim Löw.

A confiança do treinador está longe de se transformar em pressão sobre o atacante. Interessado muito mais no título de campeão do que no de craque da Copa, ele já deixou claro que não pensa em lutar por marcas individuais. Até porque não seria uma novidade: em 2010, ele faturou o prêmio de revelação e também levou para casa a Chuteira de Ouro. Mas quando o assunto é conquistar a taça, o discurso muda de tom.

- Temos planos ambiciosos e ainda não estou satisfeito. Nossa equipe sempre quer mais e vamos trabalhar para isso – afirmou o camisa 13, confirmadíssimo no time que vai enfrentar a Argélia, na próxima segunda-feira, no Beira-Rio, pelas oitavas de final.

ATRÁS APENAS DE KLOSE

Atacante está apenas de Klose na artilharia da Copa dos que estão em atividade (Getty Images)

Discreto com as palavras, Müller costuma atrair os holofotes quando veste a camisa da seleção. Principalmente quando o assunto é Copa do Mundo. Foi assim na estreia contra Portugal, quando marcou três dos quatro gols da equipe, e voltou a balançar as redes diante dos Estados Unidos. Aproveitamento que fez o técnico da seleção americana e exímio atacante no passado, Jürgen Klismann, alertar os demais zagueiros:

- Ele não precisa de duas tentativas. Com uma já resolve.

O poder de decisão do goleador, porém, não vem de hoje. Aos 24 anos, o atleta transformou-se no segundo maior artilheiro em atividade do torneio, com nove gols - empatado com o espanhol David Villa, que se despediu da seleção com a eliminação precoce no Grupo B.

Parece pouco se comparado com os 15 do companheiro de time, Miroslav Klose, mas chama a atenção quando se observa que Diego Maradona, que chegou a confundir Müller com um gandula antes de um amistoso entre a Alemanha e Argentina, em 2010, tem apenas oito gols em quatro edições do torneio. Se tudo der certo, o atacante disputará ao menos mais duas Copas (aos 28 e 32 anos). Como não imaginá-lo superando todos os recordes?

FONTE: GLOBO ESPORTE

"Deixamos a vida em campo", diz Vidal

Adeus ao mundial!


Adeus ao mundial!

Arturo Vidal, volante do Chile, lamentou a eliminação na Copa do Mundo 2014, mas destacou o empenho de sua equipe diante da Seleção Brasileira. Os anfitriões conquistaram a vaga para a próxima fase do torneio nos pênaltis, depois de a partida terminar empatada em 1 a 1.

"É difícil sermos eliminados desta forma. Demos tudo neste jogo, demos tudo dentro de campo", afirmou o meia, segundo o jornal A Bola.

"Lutamos por um sonho, mas não conseguimos. Deixamos a vida em campo", acrescentou.

Na próxima sexta-feira, a Seleção Brasileira irá enfrentar o vencedor da partida entre Colômbia e Uruguai, que jogam neste momento no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.




FONTE: ESPN

Brasil não terá Luiz Gustavo nas quartas de final da Copa do Mundo

Luiz Gustavo Amistoso Brasil x Panamá 4/6/2014 (© Getty)
Luiz Gustavo Amistoso Brasil x Panamá 4/6/2014

A seleção brasileira não poderá contar com Luiz Gustavo nas quartas de final da Copa do Mundo. O camisa 17 da equipe de Luiz Felipe Scolari tomou seu segundo cartão amarelo no jogo desta tarde contra o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte, e está suspenso da próxima partida. O jogador tomou a primeira advertência contra a Croácia, na estreia da Copa do Mundo, em São Paulo, na Arena Corinthians.

Depois de empatar por 1 a 1 e arrancar a classificação nas cobranças de pênalti diante dos chilenos, o Brasil espera o confronto entre Uruguai e Colômbia para conhecer o seu adversário da próxima fase. O jogo das quartas de final será em Fortaleza (CE), na Arena Castelão, na próxima sexta-feira, dia 4 de julho, às 17 horas.

Para o duelo desta tarde, três atletas chegaram com cartões amarelos: além de Luis Gustavo, Thiago Silva e Neymar, que foram punidos nas partidas contra o México e contra a Croácia, respectivamente. Porém, só o volante recebeu mais um amarelo e não estará disponível para o técnico Luiz Felipe Scolari.

Luiz Gustavo comentou sobre a suspensão: "Agora que acaba tudo dá uma tristeza, mas fico feliz que pude ajudar, quem entrar agora vai ir muito bem e vamos dar o próximo passo".




FONTE: ESPN

Júlio César pega dois pênaltis, e Brasil vence ao 'estilo Libertadores'

Colômbia 2 x 0 Uruguai (© Getty)
Júlio César defendendo um dos pênaltis contra o Chile

Ao melhor estilo Libertadores da América, o Brasil está nas quartas de final da Copa de 2014, quando irá enfrentar Uruguai ou Colômbia. Não só por superar um adversário sul-americano, o Chile. Mas por ganhar um jogo cheio de faltas, com arbitragem polêmica, bate boca entre jogadores, simulações, muito drama e que foi decidido apenas nas cobranças de pênaltis, após empate de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.

O herói da vaga foi Júlio César. Ele defendeu as cobranças de Pinilla, se adiantando muito, Alexis Sánchez e ainda viu o lateral Jara chutar na trave. Pelo lado brasileiro, Willian bateu para fora, e Hulk teve sua cobrança defendida por Bravo. Mas ainda assim o Brasil converteu outras três e acabou vencendo o desempate por 3 a 2.

Tudo que é típico do principal torneio sul-americano de clubes, em que muitas vezes o nível técnico não é dos mais altos, como foi a seleção brasileira neste sábado.

Depois de ensaiar três trocas em treino coletivo, e de correr o risco de perder David Luiz, com dores nas costas, Felipão escalou o mesmo tempo que iniciou o segundo tempo contra Camarões, efetivando a troca de Paulinho por Fernandinho.

O time entrou em campo com todos os jogadores com a mão direita no ombro do companheiro à frente. E sem o risco de ver um Mineirão dividido. A esperada invasão chilena não aconteceu: eles não eram nem 10% dos quase 60 mil presentes. E tentaram também cantar o hino à capela, mas foram impedidos por vaias mal educadas dos brasileiros.

Mais uma vez o Brasil começou o jogo sem conseguir pressionar e ainda bastante nervoso: com três minutos de jogo, já eram três faltas, uma violenta de Fernandinho, que merecia o cartão amarelo, mas que não foi mostrado pelo juiz inglês Howard Webb.

No entanto, o primeiro lance de perigo foi a favor do Brasil, em chute da entrada da área de Marcelo que passou perto da trave direita de Bravo.

O Chile tocava a bola, e chegava a ficar com todos jogadores de linha no campo brasileiro, o que dava a chance para o contraataque a Neymar e companhia. Webb sofria para apitar um jogo entre sul-americanos. Aos 13min, Hulk foi tocado levemente na área, e caiu. Os brasileiros pediram pênalti, ignorado pelo inglês.

O time de Felipão era mais faltoso, mas o Chile foi o primeiro advertido com cartão amarelo, depois que o santista Mena colocou a mão na bola. Na sequência da jogada, escanteio a favor do Brasil, e a prova que tamanho, é sim, documento para zagueiro.

Com um zagueiro como Medel, de 1,71 m, o Chile foi vazado, clado, numa bola área. Neymar bateu o escanteio Thiago Silva desviou levemente para David Luiz, aos 18min, dividir com um rival e abrir o placar. Foi o primeiro gol de um zagueiro do Brasil na Copa.

Sinal para o Chile querer atacar mais, e dar ainda mais espaço para o Brasil. Neymar recebia livre, e começou a ser parado com faltas. Numa delas, o coordenador Carlos Alberto Parreira saiu da área permitida para reclamar com Webb e foi repreendido pelo quarto árbitro, o alemão Felix Brych.

A altura dos andinos é um problema na defesa, mas também tem vantagem no ataque pela agilidade, e foi assim que o time empatou o jogo, aos 32min. Marcelo bateu mal um lateral, Hulk devolveu na fogueira, Vidal se antecipou, recuperou a bola e tocou para Alexis Sanchéz, livre, marcar e fazer a festa chilena.

Pelo menos o empate não deixou o Brasil perdido. O time manteve a calma e passou a pressionar. Aos 39min, Fred tocou pelo alto em jogada iniciada por Neymar.

Mas a grande chance de mudar o placar antes do intervalo foi dos chilenos. Aos 46min, novo erro na saída de bola, desta vez de Luiz Gustavo. A bola acabou nos pés de Aránguiz, que só não marcou porque foi bloqueado antes de chutar. Na saída para os vestiários, muita discussão entre os jogadores.

O segundo tempo começou sem alterações, e o jogo continuou aberto. Aos 4min, Fernandinho, em chute de fora da área, quase desempatou. Webb sofria.

Aos 10min, o lance mais polêmico. Hulk foi lançado e bateu para marcar o que seria o segundo gol brasileiro. Mas Webb considerou que ele dominou a bola com a mão. Pelo lance, o camisa 7 foi advertido com o amarelo e ficou pendurado.

Pior aconteceu com Luiz Gustavo, que fez falta violenta e também recebeu o amarelo, Foi seu segundo na Copa, que o tiraria do jogo das quartas de final.

O jogo ficou nervoso. Fred novamente era inoperante, e Felipão perdeu a paciência com ele aos 18min, colocando Jô em seu lugar. Logo no lance seguinte, o Chile, com Aránguiz, quase fez o segundo dos visitantes; Júlio César fez grande defesa.

Felipão tentava de tudo, e colocou Ramires no lugar de Fernandinho. Jô perdia chance livre, furando. A torcida pelo menos continuava a empurrar o time. A partida não tinha mais estratégia. Era desespero puro. Aos 38min, Hulk se livrou da marcação e chutou para outra grande defesa de Bravo, o goleiro chileno que agora vai defender o Barcelona.

Mas ninguém teve força para marcar até o fim do segundo tempo, e a partida ganhou mais drama, indo para a prorrogação após cinco minutos de descanso.

No tempo extra, o calor mineiro deixava os times ainda mais extenuados. Do lado brasileiro, Hulk era quem mostrava mais gana e também o que criava as melhores jogadas. Mas não o suficiente para fazer um gol na primeira metade da prorrogação.

Felipão ainda tinha uma substituição para queimar. E a fez no intervalo da prorrogação, sacando Oscar, em atuação muito fraca, para a entrada de Willian, destaque em boa parte dos treinos em Teresópolis, mas com poucas chances de jogar nesta Copa.

Sem mais força para atacar, os chilenos faziam de tudo para fazer o tempo passar, como ficando longos segundos no chão reclamando de dores. Mas ainda tiveram a grande chance de evitar os pênaltis, aos 15min do segundo tempo da prorrogação, quando Pinilla entrou livre e chutou forte para acertar o travessão.

Enquanto Felipão definia os cobradores, Júlio César chorava, assim como fez David Luiz na comemoração de seu gol. E ele brilhou nos pênaltis.

Classificada, a seleção tem folga até o começo da tarde de segunda-feira, quando volta a treinar em Teresópolis, na região serrana do Rio. Dois dias depois, vai para Fortaleza, onde enfrenta uruguaios ou colombianos na sexta-feira, dia 4 de julho.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 1 (3) X 1 (2) CHILE

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Data: sábado, 28 de junho de 2014

Horário: 13h (de Brasília)

Público: 57.714

Árbitro: Howard Webb (ING)

Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann (ambos ING)

Gols: David Luiz, aos 18min, Alexis Sánchez, aos 32min do primeiro tempo

Cartões amarelos: Hulk, Luiz Gustavo, Jô, Daniel Alves (BRA); Mena, Silva, Pinilla (CHI)

BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Ramires) e Oscar (Willian); Hulk, Fred (Jô) e Neymar

Técnico: Luiz Felipe Scolari

CHILE: Bravo; Jara, Isla, Medel (Rojas) e Mena; Silva, Díaz, Aránguiz e Vidal (Pinilla); Vargas (Gutiérrez) e Alexis Sánchez

Técnico: Jorge Sampaoli




FONTE: ESPN

Neymar termina jogo com coxa inchada e é 'problema grande' para Felipão

Coxa de Neymar vira 'grande problema' após jogo
Neymar também chorou após fim das cobranças de pênalti

Logo nos primeiros minutos do jogo contra o Chile, neste sábado, Neymar tomou uma falta dura de Charles Aranguiz. A entrada foi tão forte que o camisa 10 da seleção brasileira passou o resto da partida sentindo dores em sua coxa, o que exigiu até um atendimento especial entre o fim do tempo normal e a prorrogação. Segundo Luiz Felipe Scolari, o craque está com a perna inchada por conta do lance e jogou com muito esforço durante mais de 75 minutos.

Ainda de acordo com o treinador, a delegação terá um trabalho grande para poder colocá-lo no próximo duelo, contra o Uruguai ou a Colômbia, que disputam a vaga para as quartas de final, e reclamou da fama que lhe dão de cai-cai.

"Ele jogou quase 75 minutos com uma pancada na coxa muito forte. Eu não entendo como alguém faz isso e não acontece nada. A perna dele está desse tamanho. Ele conseguiu porque gosta muito", afirmou Felipão, em coletiva de imprensa no Mineirão.

"Foi logo aos cinco ou dez minutos, quando o adversário bateu pesado. Eu lembrei de uma coisa que aconteceu em 2006, quando eu era técnico de Portugual e quebraram Cristiano Ronaldo no meio, logo no começo do jogo, e ele teve de sair. A coxa de Neymar está desse tamanho. Eu não entendo isso. Alguns falam que ele cai muito. Hoje foram 15 faltas no Alexis Sánchez, 12 ele se jogou. A gente vai ter um problema grande para colocá-lo em campo no próximo jogo. Vamos ter uns 3 ou 4 dias para cuidar disso", completou.

Neymar revelou: "Acho que vou estar bem para o próximo jogo. Levei duas pancadas que incomodaram bastante durante a partida inteira. Isso limitava alguns movimentos que tinha de fazer, mas valeu a pena"

David Luiz e Fernandinho

O médico da CBF José Luiz Runco disse que Neymar sofreu apenas uma pancada. O volante Fernandinho, que deixou o jogo no segundo tempo, mancando, teria sentido apenas cãimbras.

Runco confia que o zagueiro David Luiz, dúvida na partida com o Chile por dor nas costas, estará bem para o duelo de sexta-feira, pelas quartas de final, com a Colômbia.

Mas o zagueiro reclamou bastante de dores. "Não conseguia pegar uma água de tantas dores que tinha nas costas. Tenho uma contratra perto do diafragama, o que muitas vezes dói mais que lesão. Falei, 'vou pra campo de qualquer maneira. Hoje, acordei às 7h para fazer tratamento e deu tudo certo."

Além das reclamações desse lance específico, a comissão técnica também se queixou de outros lances do jogo. Carlos Alberto Parreira disse ao final da entrevista coletiva que há alguém incomodado com a possibilidade de a seleção ser hexacampeã.

FONTE: ESPN

Veja as melhores fotos de Colômbia x Uruguai

Colômbia 2 x 0 Uruguai (© Getty)
James Rodriguez comemora gol da Colômbia

Não se soube, ao certo, se as camisas amarelas em ampla maioria no Maracanã eram apenas colombianas. Era, mesmo, uma mistura, quase uma junção de forças. Brasileiros e colombianos. Unidos contra o Fantasma, no mesmo palco de 50. Nem mesmo a presença em espírito do punido Luis suárez, com camisa no vestiário e máscaras na arquibancada, foi suficiente. James Rodríguez, novato, fez o Uruguai sentir na pele seu próprio Maracanazo, 64 anos depois. 2 a 0, dois belos gols do camisa 10. A Colômbia, ao chegar às quartas de final diante do Brasil, faz história. É a sua melhor campanha em Copas.

Diante de um Uruguai que não tinha forças para ser campeão ou sequer manter a pegada de 2010. Forlán, o craque da Copa da África do Sul, foi apenas uma sombra da geração que parece ter chegado ao fim de seu ciclo. E que pelo caminho encontrou colombianos envolventes, de belo toque de bola. Uma ode ao futebol. Foi, de início, quase um ataque contra defesa.

Cuadrado e James Rodríguez faziam a bola girar de pé em pé no gramado do Maracanã, sem medo da força uruguaia. Sem sequer tomar sustos com o Fantasma de 50. A posse de bola colombiana atingia os 70%. Zuniga tentou um chute de longe, bem defendido por Muslera. O Uruguai se ressentia no estádio onde alcançou seu maior feito. O gol parecia questão de minutos. E foi. Na base do talento.

Aos 27 minutos, James Rodríguez recebeu a bola de costas para a grande área. Decidido a assumir o protagonismo que a história lhe dera, deu belo giro e, sem deixar a bola cair, mandou uma bomba para o gol. Muslera, verdade, até tocou nela. Mas ela também beijou trave, chão e rede. Gol da Colômbia. Gol não. Golaço de Rodríguez. 1 a 0.

Sem alternativas e para manter a sobrevida, o Uruguai foi à frente. Arévalo, Forlán, Cavani. As velhas caras de 2010. Mas cansadas. Mais pesadas com quatro anos nas costas. Ressentidas da falta da velocidade e agressividade de Suárez. O Uruguai, ainda no primeiro tempo, estava entregue. Parecia abatido com a suspensão de seu melhor jogador. O espírito aguerrido declarado fora dele não entrou em campo. E Cavani apenas assustou em uma cobrança de falta, próxima à área.

Na volta para o segundo tempo, ficou claro que o tempo desta briosa geração uruguaia. Com apenas quatro minutos, Armero passou voando pelo lado esquerdo e cruzou na ponta direita para Cuadrado. De cabeça, ele ajeitou no capricho para o centro da área. James Rodríguez deu o golpe derradeiro no Fantasma de 50 e tocou para o gol. 2 a 0 para os colombianos. Fazia-se, de novo, história no Maracanã.

Não havia, mesmo, mais o que esperar da Celeste. A Colômbia tocava a bola, mostrava a qualidade e paciência. O Uruguai, nervos à flor da pele, levantava bolas na área e, quando as chances apareciam, davam de cara com o goleiro Ospina. Foi assim em duas oportunidades com Rodríguez. Mas a esperança já havia se esvaído.

Na arquibancada, colombianos e brasileiros, então, se separaram. Provocaram-se, aos gritos, antecipando o duelo da próxima sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. E, juntos, presenciaram um momento histórico: 64 anos depois, o Fantasma de 50, enfim, adormeceu. A reedição do duelo com o Brasil não seria mais possível ao Uruguai. Que, agora, tem um Maracanazo para chamar de seu.




FONTE: ESPN

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Colombianos exaltam recorde de Mondragón: "Orgulho para todos"

Mondragon Colômbia  (Foto: Agência Reuters)

O goleiro Faryd Mondragón, de 43 anos, se transformou no jogador mais velho a disputar um jogo de Copa do Mundo quando entrou aos 39 minutos da segunda etapa da goleada da Colômbia sobre o Japão por 4 a 1 (assista ao momento no vídeo ao lado). O colombiano superou o camaronês Roger Milla, que em 1994 jogou o Mundial dos Estados Unidos com 42 anos e 39 dias. Após o apito final, o arqueiro foi ovacionado pela torcida e se dirigiu ao centro do campo para cumprimentar os torcedores. O restante do elenco também o felicitou ainda no gramado. E elogios não faltaram.

– Ele está feliz, muito contente. É muito merecido por tudo o que fez até agora na carreira. Ele entra e mostra que não está aqui apenas para mostrar sua experiência. É um goleiro que pode entrar a qualquer momento e mostrar sua qualidade – destacou o atacante Jackson Martínez.

O técnico Jose Pekerman disse que Mondragón fez por merecer não apenas o recorde, mas também a convocação. Para o comandante, o experiente jogador está honrando a oportunidade que lhe está sendo dada no Mundial.

– Ele tem sido muito importante desde que chegou à seleção. Sua experiência está sendo muito positiva, sabíamos que ele estava muito bem no Deportivo Cali, mas numa seleção há que se aproveitar todos os recursos dos jogadores. Hoje, felizmente pudemos dar alguns minutos a ele para que seja o atleta mais velho a jogar um Mundial.

O lateral Pablo Armero vê o feito como uma conquista nacional.

– Foi muito lindo. Creio que é um orgulho para todos os colombianos. Em especial para ele e para sua família. Esse recorde não é fácil, ainda mais desta forma tão linda.




FONTE: GLOBO.COM

Estreante, Neymar já tem mais gols que Messi e CR7 em Copas do Mundo



Neymar tem apenas 22 anos. Está em sua primeira Copa do Mundo. Mas, logo de cara, tem números de gente grande. Em três partidas no torneio de 2014, o camisa 10 da seleção brasileira já marcou quatro gols - média de 1,33. Nem os principais rivais do brasileiro, entre eles o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, tiveram desempenhos parecidos em seus primeiros mundiais. E mais: disputando a competição pela terceira vez na carreira, ambos já foram superados camisa 10 canarinho em número de gols.

É inegável que, em termos de currículo no futebol mundial, Neymar ainda tem degraus a escalar para chegar ao patamar de Messi e CR7, multicampeões na Europa. O gajo, aliás, ostenta atualmente o prêmio de melhor jogador do mundo concedido pela Fifa (ainda foi eleito em 2008). Uma honraria que pertenceu ao hermano de 2009 a 2012. Porém, falando de Copa do Mundo e, principalmente, de gols, a frieza dos números é favorável ao astro brasileiro.

O craque argentino debutou em Mundiais em 2006, na Alemanha. Ainda reserva, aos 19 anos, participou de três jogos e fez um gol, contra a Sérvia. Ao todo, em Copas do Mundo, Messi fez dez partidas e balançou a rede em apenas três oportunidades. As outras duas foram nesta Copa, contra Bósnia e Irã. Em 2010, passou em branco. A média é de 0,3 por jogo.

Cristiano Ronaldo também marcou apenas uma vez em sua primeira Copa. Foram seis partidas no Mundial de 2006 e um único gol, diante do Irã, de pênalti. Em 2010, na África do Sul, CR7 também balançou a rede uma só vez, contra a Coreia do Norte. Este ano, no Brasil, ainda não marcou. São 12 partidas e dois gols - média de 0,16 por partida.

Neymar festeja um de seus dois gols diante de Camarões (Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Mas os números do camisa 10 da Seleção não impressionam apenas em sua estreia no torneio. Com pouco menos de quatro anos atuando pelo Brasil, o jogador está na lista dos dez maiores goleadores da história do time canarinho. Foram 36 gols em 53 jogos, de acordo com as contas da assessoria particular do jogador.

- Acho que a responsabilidade que assumo dentro de campo é de ajudar meus companheiros, de criar as jogadas. E na marcação também, todo mundo tem sua missão na equipe. E não tem ninguém mais importante. Todos são importantes - disse o Neymar, eleito o melhor em campo pela Fifa em dois dos três jogos da Seleção nesta Copa.

O maior artilheiro da história da Seleção é Pelé, com 95 gols em 115 jogos. Se continuar com a média de bolas na rede, Neymar tem tudo para desbancar, ainda nesta edição da Copa, nomes como Ademir Menezes, Leônidas da Silva e Tostão. Ronaldinho Gaúcho, com 35 gols, e Rivaldo, com 34, já ficaram para trás.

A Seleção volta a treinar na Granja Comary nesta quarta-feira, às 13h (de Brasília). No sábado, a equipe vai encarar o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte, em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O confronto será transmitido ao vivo por TV Globo, SporTV e GloboEsporte.com. O site também acompanha em Tempo Real.


FONTE: ESPORTE

Americanos descartam cansaço com 5.000km em 48 horas: "Acostumados"

nada de
Desculpinha (Agência Reuters)

A logística escolhida pela seleção dos EUA entre as partidas contra Portugal e Alemanha gerou dúvidas a respeito da condição física dos jogadores às vésperas do confronto nesta quinta-feira, às 13h (de Brasília), no Recife. Depois de jogar em Manaus na noite de domingo contra os portugueses, a seleção chegou a sua base em São Paulo na madrugada de segunda, treinou rapidamente à tarde, trabalhou na terça de manhã e na sequência embarcou para o Recife. Foram 5 mil quilômetros de voo em menos de 48 horas.

Mesmo com a maratona, o técnico Jurgen Klinsmann disse ser acertada a decisão de retornar a São Paulo, ainda que por pouco tempo. Os EUA tinham a opção de viajar direto de Manaus a Recife, sem passar pela capital paulista. A comissão técnica exigiu a volta para "casa".

– Nos preparamos da melhor maneira para fazermos tudo isso com muita energia. Não posso reclamar da tabela, é assim que funciona a Copa do Mundo. O importante é que depois que chegamos de Manaus, todo mundo se sentiu bem. No dia seguinte também. Aqui é a nossa segunda casa – destacou Klinsmann.

Copa do Mundo no Brasil, segunda casa em São Paulo: Klinsmann descarta cansaço (Foto: Agência Reuters)

O técnico conhece bem seu elenco. Sabia que ninguém reclamaria do excesso de viagens, até por estarem acostumados a grandes distâncias – os que atuam na Europa, encaram longas jornadas para casa, e os que jogam na liga americana podem ter voos de quatro a cinco horas, num país com dimensões semelhantes às do Brasil.

Mesmo o volante Jermaine Jones, que atuou os 180 minutos na vitória sobre Gana e no empate com Portugal, disse estar com as pernas descansadas.

– Estamos mesmo acostumados, e não digo isso por dizer. Claro que às vezes é um pouco cansativo, mas nada vai afetar nosso desempenho contra a Alemanha – afirmou Jones.

Caso os EUA se classifiquem para a próxima fase, a comissão técnica pretende manter a logística que prioriza a estadia em São Paulo – e no CT do São Paulo. Se terminar na liderança do Grupo G, o time joga na próxima segunda-feira, às 17h, em Porto Alegre. Em caso de segunda posição, a partida das oitavas de final será na terça, também às 17h, em Salvador.

FONTE: GLOBO ESPORTE

Depois do fracasso, hora de renovar: conheça a Espanha do futuro

Gerard Deulofeu coletiva Espanha (Foto: Getty Images)

Nada é definitivo nesta vida. O sucesso, depois de seis anos liderando o ranking da Fifa, um título de Copa do Mundo e dois em Euros, acaba. Algumas vezes de forma trágica, como foi a participação da Espanha nesta Copa do Mundo, frustrando a esperança de um segundo título consecutivo com duas derrotas em suas primeiras partidas e um triste terceiro lugar no Grupo B. Mas isso também passa.

A Roja já voltou para casa, ainda lidando com um resquício da fase ruim, porque teve seu avião atingido por um raio antes de desembarcar em Madri, para aumentar o drama. Mas agora é hora de deixar tudo para trás, desfazer as malas, refletir a respeito do que deu errado e pensar no futuro da seleção espanhola. O primeiro questionamento é sempre em relação ao comando. Isso ainda não está definido, Del Bosque tem o apoio da federação, contrato até 2016 e anunciará a decisão conjunta em breve.

Koke, aos 22 anos, é uma das esperanças da Espanha para manter o alto nível do meio-campo em 2018 (Foto: AP)

Depois, o treinador precisará definir o estilo de jogo. O antes incontestável tiki-taka perdeu força nesta temporada pelo fracasso de seus maiores representantes: a seleção e o Barcelona, que teve um ano decepecionante, sem títulos importantes. O clube catalão, aliás, já começou sua reformulação: mudou de treinador, de Tata Martino para Luis Henrique, contrata novos reforços e admite negociar jogadores que antes eram tidos como pilares do elenco. A Roja deverá seguir o mesmo caminho.

Ao longo dos próximos quatro anos, novas promessas surgirão, e jogadores antes escondidos se destacarão em seus clubes, mas já é possível ter uma ideia de como será a Espanha do futuro e quem devem ser os principais jogadores da equipe na próxima Copa do Mundo, em 2018, na Rússia. A própria lista de 30 jogadores antes divulgada por Del Bosque é um bom rascunho do que vem por aí.

Goleiro De Gea deve assumir a vaga do veterano e consagrado Casilllas (Foto: Getty Images)

Seis desses 30 atletas têm 23 anos ou menos e são vistos como as maiores promessas. A ala jovem é liderada pelo goleiro De Gea, que deve assumir a posição, visto que Casillas, com 33, e Reina, com 31, podem ter feito a última Copa no Brasil. Aos 22 anos de idade, o meia Koke, um dos protagonistas da fantástica temporada do Atlético de Madrid neste ano, é tido como a maior aposta para manter o alto nível do meio de campo espanhol, que deverá dar adeus a jogadores como Xavi, 34, e Xabi Alonso, 32.

A lista dos sub-23 de Del Bosque ainda tem Carvajal, 22, lateral-direito titular do Real Madrid, campeão da Champions e da Copa do Rei nesta temporada, e Alberto Moreno, 21, destaque do Sevilla, que joga pelo outro lado do campo, e assim começa-se a se formar um time. O mais novo dos jogadores, surpresa da última convocação, é o atacante Deulofeu, 20 anos, promessa do Barcelona para jogar ao lado de Messi e Neymar. Depois de uma temporada emprestado para o Everton, da Inglaterra, o jogador está mais maduro e pronto para começar sua caminhada no futebol espanhol.

Dos que não foram para a Copa, Thiago Alcântara, 23, foi cortado por lesão e faz parte dos planos futuros da Roja. Assim como as jovens revelações Isco, 22, e Illarramendi, 24, ambos atualmente no elenco do Real Madrid, após terem sido destaque por equipes menores no Campeonato Espanhol.

Diego Costa, com 25, vai precisar provar que
pode ficar na Roja até 2018 (Foto: Getty Images)

Um segundo grupo, com jogadores ainda jovens, porém um pouco mais experientes, deve dar a sustentação para o elenco. São eles Azpilicuelta, aos 24, Jordi Alba, Javi Martinez, Busquets, Iturraspe - este com apenas uma convocação, mas com alto prestígio pelo que tem apresentado em campo pelo Athletic Bilbao - e Diego Costa, todos com 25. O atacante brasileiro talvez seja o que precise se provar neste período, pela grande expectativa criada em cima dele e pouco futebol apresentado na Copa, com dois jogos, nenhum gol e duas substituições.

- Temos que pedir perdão por tudo o que aconteceu e seguir trabalhando. Tenho o sonho de conseguir as mesmas vitórias que a Espanha conseguiu - declarou o atacante após seu primeiro mundial, demonstrando que vontade de representar a seleção espanhola não será problema.

De Diego Costa para cima, só dúvidas. Pedro e Mata chegariam à Copa da Rússia com 30. O que para jogadores que têm como principal característica a velocidade pode ser um problema. David Silva, com 32, vai precisar estar jogando o seu melhor para ter chances. A dupla de zaga formada por Sergio Ramos e Piqué pode até ser mantida, já que os dois possuem 28 e 27 anos. Nesta faixa de idade, a maior dúvida é Fàbregas. Aos 27, o meia pode buscar mais uma Copa, mas terminou este mundial com a imagem manchada.

Um último grupo, de jogadores que passaram da casa dos 30, deve ter disputado a última Copa no Brasil. Xavi encabeça a lista dos mais velhos, aos 34. Depois vêm Casillas, 33, Villa e Xabi Alonso, 32, Reina, 31, e Fernando Torres, 30. Esses dificilmente chegarão ao próximo Mundial, mas ainda podem sonhar com a Euro 2016, na França.

Levando tudo isso em consideração e começando um desenho de como essa equipe poderia funcionar em campo, é possível serem detectadas algumas carências. A Espanha precisará encontrar ainda neste período entre Copas um goleiro reserva para De Gea, mais um zagueiro, e, principalmente, um centroavante para disputar posição com Diego Costa. Atacantes que chegaram a ser cogitados para este Mundial, caso o brasileiro não fosse, como Negrego, Llorente ou Soldado, estão todos com 29. Um fato importante para os espanhóis é que, desta base já sendo preparada, a maioria atua no país. No campo abaixo, são 13 em clubes da Espanha contra quatro de fora.

O time: De Gea, Alberto Moreno (Jordi Alba), Javi Martinez (Piqué), Sergio Ramos e Carvajal (Azpilicueta); Iturraspe (Busquets), Koke (Illarramendi), Isco, Thiago (Pedro), Deulofeu e Diego Costa.

FONTE: GLOBO ESPORTE

terça-feira, 24 de junho de 2014

Hostilidades e antipatias: Espanha leva para casa as vaias dos brasileiros

torcida luto espanha  (Foto: Fernando Martins)

Sabe-se lá quando a Espanha voltará a pisar suas chuteiras no Brasil. Sobrar vontade de retornar tende a não ser o caso. Ao vir ao país pelo segundo ano consecutivo, a campeã mundial fez aumentar a rivalidade despertada ano passado, na Copa das Confederações: hostilidade brasileira de um lado, antipatia espanhola de outro. Pior: voltou a apanhar em campo.

A Espanha disputou oito jogos no Brasil no último ano. Foi vaiada em todos. Começou na vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai, no Recife. Mesmo com um primeiro tempo encantador do time de Vicente del Bosque, a torcida pegou no pé dos europeus. O processo seguiu na partida seguinte, com o Maracanã totalmente favorável ao Taiti na goleada de 10 a 0 dos espanhóis. A situação começou a incomodá-los. O duelo posterior, 3 a 0 na Nigéria em Fortaleza, teve repetição de vaias. E o mesmo nas semifinais, contra a Itália.

Aí virou irritação. Acontece que os espanhóis demoraram a entender que a hostilidade demonstrada pela torcida não era necessariamente um desrespeito. Que era consideração pelo perigo que esse time representava para o Brasil em campo. Que era respeito. Foi por isso que o apoio popular à Itália nas semifinais fez explodir de vez a rivalidade.

Os espanhóis, com um estilo de jogo que remete ao futebol pentacampeão, esperavam apoio contra uma rival histórica da Seleção. Mas que nada. Resultado: jornalistas que trabalham para a Federação chegaram a fazer gestos obscenos para torcedores brasileiros no Castelão depois de a Fúria avançar à final nos pênaltis. Quase deu briga. Pesou ali também o incômodo por a imprensa brasileira ter noticiado uma noitada dos atletas com garotas de programa em Pernambuco.

Espanha não teve sucesso nas duas passagens recentes pelo Brasil (Foto: AP)

Na decisão da Copa das Confederações, a torcida não se limitou a torcer pelo Brasil no Maracanã: chamou a Espanha de timinho, provocou Piqué gritando o nome de Shakira, sugeriu, em cantoria, um romance entre Iniesta e o atacante Soldado (coitado, entrou na história só por causa da rima). A vitória de 3 a 0 teria sido menos saborosa para os brasileiros se houvesse outro time lá em vez da Espanha.


A hostilidade foi mais do que mantida em 2014: foi exponencializada. Em parte, por causa de Diego Costa e sua decisão de não defender o Brasil. Mas também pelo desinteresse do elenco espanhol em ser minimamente simpático com os brasileiros. Uma cena foi emblemática: neste sábado, ao ir a uma churrascaria, os atletas passaram a poucos centímetros de dezenas de torcedores. A questão não é que eles não pararam para dar autógrafos ou tirar fotos com os fãs, muitos deles crianças: eles não olharam na cara dos torcedores (exceção feita a Sergio Ramos, o mais afável do grupo com o público).

Um dia antes, alguns jogadores passaram por um shopping center de Curitiba, e novamente foram frios com a torcida. Cabe a ressalva de que a saída de Piqué de um restaurante causou tumulto – mesmo que quisesse atender os fãs, seria complicado. Quando ele ficou prensado na porta de um elevador, uma mulher disse ao zagueiro:

- Só olha pra mim pra eu tirar uma foto, Piqué. Minha filha fez até um poema pra ti.


Nada. E Piqué acabou escutando gritos de "eliminado", "Chile" e "Van Persie". Chegou a resmungar algo quando foi chamado de antipático - não foi possível escutar exatamente o que disse.

Piqué é cercado por torcedores em passeio por shopping de Curitiba (Foto: Alexandre Alliatti)

Tanto na Copa das Confederações do ano passado quanto na Copa do Mundo de 2014, funcionários que conviveram com a delegação espanhola (em hotéis, estádios ou no CT do Caju) reclamaram da falta de simpatia deles. O contato foi nulo.

- São marrentos – resumiu um segurança do Caju.

O convívio com a população (aquela ideia de que “futebol é para o povo”, defendida por Drogba) foi mínimo. No ano passado, Piqué participou de um evento beneficente no Rio de Janeiro e alguns jogadores saíram do hotel no Nordeste para tirar fotos a pedidos de jornalistas espanhóis. Este ano, Sergio Ramos bateu bola com crianças de um projeto da Unicef dentro do CT. E só.

Por outro lado, desde o desembarque para a Copa, houve hostilidade aos atletas. Eles foram recebidos com gritos de “Brasil” ao chegar ao Caju no dia 8. Quando abriram um treino à torcida (um pedido da Fifa), viram Diego Costa ser xingado – nesse dia, Piqué e o próprio Diego deram camisas a crianças.

E, mais uma vez, as vaias foram presentes nos jogos – a goleada de 5 a 1 para a Holanda, a derrota de 2 a 0 para o Chile e a vitória de 3 a 0 sobre a Austrália. A torcida sempre se mostrou favorável aos adversários da Espanha. E o resultado em campo foi novamente decepcionante. A Fúria, eliminada ainda na primeira fase, voltou para casa nesta segunda-feira.

Jogadores opinam

Está claro que não tivemos o carinho das pessoas"

Cazorla, meia da Espanha

Os jogadores falaram sobre essa relação. Para Cazorla, titular na despedida da equipe, contra a Austrália, não houve antipatia por parte da Espanha.

- Bom, está claro que não tivemos o carinho das pessoas, mas são coisas do futebol. Acho que a Espanha sempre teve o carinho de todo mundo. Nós fomos carinhosos com as pessoas, mas isso é algo de que pouco falamos. Cada um defende suas cores – disse ele.

Questionado sobre o episódio da churrascaria, em que os atletas sequer olharam para os fãs, o jogador minimizou o fato:

- Não creio que tenha sido assim. Cada um tem sua opinião e é preciso respeitá-la, mas sempre estivemos junto com o povo espanhol. Gostei do Brasil, mas agora temos que ir embora e pensar no futuro.

E teria esse ambiente influenciado nas derrotas da Espanha? O goleiro Pepe Reina acredita que não.

- Eles (os brasileiros) nos veem como um adversário muito forte e se colocam contra. Pouco nos importa. Também recebemos muito carinho. Ficamos muito bem aqui. Nada no Brasil nos fez mal. As pessoas têm carinho. Foram meras questões futebolísticas – opinou.

As duas piores derrotas da Espanha em Copas aconteceram no Brasil: 6 a 1 para a Seleção em 1950 e 5 a 1 para a Holanda em 2014. Também foi no país que os campeões mundiais sofreram seus maiores baques recentes, as perdas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Foi em território verde-amarelo que a maior geração do futebol espanhol rompeu seu ciclo de vitórias. E vaiada, sempre vaiada.

FONTE: GLOBO ESPORTE

Nem a honra: eliminada, Inglaterra dá adeus com um empate contra a líder Costa Rica, com gritos de 'olé'

Inglaterra empata com C.Rica e não salva nem honra
Reclamação de Sturridge se deu por conta de disputa com Duarte na área

A Inglaterra deu adeus à Copa do Mundo na tarde desta terça-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, sem nenhuma vitória nos três jogos da primeira fase. Já eliminada na segunda rodada, a equipe de Roy Hogdson entrou em campo com o time reserva e ficou em um empate sem gols contra a Costa Rica, ouvindo até gritos de "olé". Esse foi o único ponto da seleção inglesa em toda a competição.

Por outro lado, o time da América Central, que já tinha sua vaga para as oitavas de final, chegou aos sete pontos e se classificou como primeiro do Grupo D. O Uruguai também está garantido na próxima fase, depois de ganhar da Itália nesta tarde.

O último duelo dos ingleses no Brasil também marcou o que pode ser a despedida de Steven Gerrard da sua seleção. O jogador do Liverpool entrou em campo aos 28 minutos do segundo tempo, no lugar de Wilshere, e recebeu a braçadeira de capitão de Frank Lampard, com o reconhecimento da torcida: uma faixa de "Thanks, Gerrard" foi levantada por um fã.

Em uma partida sem graça, com poucos momentos de emoção, o destaque ficou por conta da presença do príncipe Harry, que acompanhou o duelo de dentro do estádio, nos camarotes - e até recebeu um pedido de casamento. A realeza chegou ao Brasil nesta segunda-feira, quando acompanhou Brasil e Camarões, em Brasília, no Mané Garrincha.

Também com algumas alterações em relação ao último confronto, contra a Itália, a Costa Rica entrou nos gramados sem tanta empolgação. Ainda assim, a surpresa desse Mundial teve mais chances de abrir o placar do que os adversários, mas ainda assim foram poucas.

Enquanto a bola ficava travada no meio do campo, sem oferecer muitos perigos aos goleiros, a torcida se divertida nas arquibancadas. O ponto alto foi quando apareceu uma bola de plástico, que ficou sendo jogada de um lado para o outro, o que motivou de certa forma as pessoas que foram ao estádio.

Oitavas

Classificada, a Costa Rica agora aguarda os resultados das partidas do final desta tarde para conhecer quem será o seu adversário nas oitavas. Em primeiro do Grupo D, o time vai enfrentar o segundo colocado do Grupo C, que ainda está indefinido, sem nenhum eliminado.

Às 17 horas, a Grécia enfrenta a Costa do Marfim e o Japão pega a Colômbia, no Castelão e na Arena Pantanal, respectivamente.


FONTE: MSN ESPORTE

Estrela de Godín volta a brilhar, Uruguai faz o 'quase impossível, elimina Itália e vai às oitavas

Fantasma uruguaio acorda e elimina Itália
Godin comemora gol salvador do Uruguai, que está agora nas oitavas de final

O ‘quase impossível' aconteceu: o fantasma celeste segue vivo na Copa do Mundo. Depois de perder para a Costa Rica na estreia e ser considerado como o primeiro eliminado do grupo da morte, o Uruguai deu a volta por cima, bateu a Itália por 1 a 0 em uma verdadeira decisão nesta terça-feira, em Natal, e está classificado para as oitavas de final. Os italianos, tetracampeões do mundo, voltam muito mais cedo que o esperado para casa e reclamando da expulsão de Marchisio, logo aos 14 minutos do segundo tempo.

Marchisio foi expulso por falta em Maxi Pereira

E tudo graças a estrela de um zagueiro-artilheiro. Depois de dar o título espanhol ao Atlético de Madri e de marcar até na final da Champions League, Diego Godín apareceu mais uma vez, agora na Copa do Mundo. Aos 36 minutos do segundo tempo, o zagueirão subiu mais que todo mundo no meio da poderosa defesa italiana e mandou a bola para as redes. Era o gol da classificação, o gol que transformava em realidade o que antes era quase impossível.

E quase impossível nas palavras dos próprios uruguaios. Logo após a derrota para a Costa Rica na estreia, Diego Lugano foi categórico em dizer que a classificação para as oitavas de final ficara distante. "Antes era difícil, agora é quase impossível", disse na ocasião.

Mas o Uruguai tinha Luis Suárez, que, mesmo sem estar 100% fisicamente entrou em campo, marcou dois gols e comandou praticamente sozinho a vitória diante da Inglaterra na segunda rodada. E o Uruguai tinha Godín, de temporada brilhante na zaga do Atlético de Madri e de estrela sem igual para garantir o triunfo também diante da Itália,

Com a vitória, o Uruguai termina a fase de grupos com 6 pontos, um a menos que a Costa Rica, líder da chave. Como segundo colocados, os uruguaios agora aguardam a definição do grupo C para conhecerem seus próximos rivais. O adversário tem grandes chances de ser a Colômbia, mas também pode ser a Costa do Marfim.

Mas a classificação também impede um novo Maracanazzo, como em 1950. Explica-se: com o Brasil em primeiro do grupo A e o Uruguai em segundo no grupo D, as seleções obrigatoriamente terão que se encontrar nas quartas de final, em Fortaleza. Isso, claro, se ambas passarem pelas oitavas.

O jogo - Como não podia ser diferente, o clima de decisão entrou em campo junto com os jogadores das duas equipes. Ninguém podia pensar em sair atrás no placar e, por isso, o duelo começou truncado e se estendeu deste jeito por todo o primeiro tempo. A Itália controlava sempre a posse de bola, mas, com Pirlo um pouco mais recuado, pouco conseguia criar.

Do outro lado, o Uruguai usava todas as vezes que pegava na bola para tentar criar uma jogada de perigo. Logo aos dois minutos de jogo, por exemplo, Cavani tentou um chute ainda de trás do círculo do meio de campo. A tentativa surpreendeu, mas Buffon foi seguro na bola e fez a defesa sem muitos problemas. Pouco depois, Suárez cobrou falta na área e obrigou Buffon a rebater para longe. Álvaro Gonzalez ainda pegou o rebote, mas não conseguiu fazer a finalização.

A melhor chance italiana na primeira etapa veio em uma quase falha de Muslera. Pirlo teve falta pela esquerda, ainda distante do gol e mais perto da linha lateral. O italiano, porém, não quis saber das adversidades e emendou para o gol. Muslera espalmou para cima e quase se complicou mandando a bola para dentro do próprio gol. Aos 28, Immobile ainda teve outra boa oportunidade, mas isolou um bom cruzamento que recebeu de De Siglio.

A melhor chance da primeira etapa, porém, seria mesmo uruguaia. Aos 32, Suárez tabelou com Lodeiro e invadiu sozinho a área italiana. O atacante tentou o cruzamento, mas Buffon se esticou todo e evitou o passe. A bola voltou nos pés de Lodeiro, que tentou emendar de primeira, mas Buffon mostrou mais uma vez porque é considerado um dos melhores goleiros do mundo há tanto tempo e fez a defesa no reflexo.

O segundo tempo começou com o Uruguai em cima. Logo aos 5 minutos, Cavani se enroscou com Bonucci na área e reclamou de um pênalti não marcado. Ao 14, porém, quem lamentava contra o juiz eram os italianos. Marchisio entrou com o pé muito alto em uma dividida com Maxi Pereira e tomou um cartão vermelho direto.

Com a Itália com um a menos, a partida mudou de rumo. O Uruguai se lançou com tudo ao ataque e quase marcou logo aos 20. Após a defesa mexicana travar Cavani, a bola sobrou para Suárez, que invadiu a área sozinho, ficou de frente para o gol e chutou com o lado de fora do pé. Mas não o suficiente para tirar Buffon do lance. O goleiro se esticou todo e mandou a bola para escanteio.

O jogo foi ficando mais nervoso com o passar dos minutos. Aos 35 minutos, Suarez se enroscou na área, e Chiellini foi ao chão reclamando de uma mordida do uruguaio, que parece de fato ter acontecido. O juiz não marcou nada, e a sequência foi fatal para a Itália. Escanteio pela direita, bola quase perfeita de Gaston Ramírez e cabeçada certeira de Godín. O gol da vitória, o gol da classificação.




FONTE: MSN ESPORTE

Neymar brilha, Fred acorda, Felipão muda e Brasil avança às oitavas

Valeu, Neymar! Brasil goleia e pega o Chile
Neymar fez dois gols e Fred desencantou contra Camarões

O Brasil está nas oitavas de final da Copa que organiza. O rival, no próximo sábado, será o Chile. E o time tem boa chance de não ser o mesmo que ganhou a Copa das Confederações no ano passado e que foi mantido para o Mundial.

A vaga foi conquistada nesta segunda-feira, em Brasília, com uma vitória por 4 a 1 sobre o Camarões. No primeiro tempo, a seleção levou gol de um dos piores times da Copa e foi novamente salva por Neymar, que marcou duas vezes.

Mesmo indo para o vestiário em vantagem, Luiz Felipe Scolari resolveu mudar. Sacou Paulinho e foi de Fernandinho. O time, então, com atuação brilhante do jogador do Manchester City, foi muito melhor, marcou mais dois gols, não sofreu nenhum e venceu na centésima partida do Brasil em Copas.

A seleção se classificou como primeira colocada do Grupo A. O outro classificado da chave foi o México, que venceu a Croácia e terminou com os mesmos sete pontos que o Brasil, mas com desvantagem nos critérios de desempate.

Antes da bola rolar, a execução do hino nacional, desta vez, não teve jogadores chorando emocionados com o canto à capela. E, contra o já eliminado e desfalcado Camarões (Eto'o começou no banco machucdo e Song suspenso), o Brasil partiu logo para o ataque.

Com três minutos, já eram duas chances de gol. Felipão mandava o time marcar os africanos no campo do adversário. Sufocados e desinteressados, os camaroneses praticamente não tocavam na bola. Só que, como virou marca na primeira fase da Copa, o Brasil não conseguiu sustentar a pressão por muito tempo.

Aos 9min, Camarões teve boa chance de abrir o placar, em chute de Moukankjo que tinha a direção do gol antes da bola bater em Marcelo.

A torcida era quase 100% brasileira. Mas Camarões, depois de suportar o momento inicial, passou a tocar a bola e apagar o ímpeto de Neymar e companhia. O camisa 10 aparecia pouco, até ser vítima de um empurrão, quando a bola já estava fora de campo, de Nyom, ignorado pelo ábitro sueco Jonas Eriksson.

O lance acordou Neymar, que não demorou para abrir o placar. Aos 17min, Camarões saiu jogando errado. Luiz Gustavo recuperou a bola, avançou pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro para Neymar chutar e marcar. Foi o terceiro gol do camisa 10 na Copa, e também o centésimo gol de toda a competição.

Parecia que o gol iria acabar de vez com o jogo de Camarões, que nas últimas 11 partidas da Copa que disputou e venceu apenas uma. Aos 20min, em chute de sem pulo, Neymar quase marca o segundo. Mas foi ilusão que o jogo ficaria fácil.

Aos 26min, Nyom superou a marcação de Daniel Alves e cruzou para Matip, livre na pequena área, empatar o jogo. Foi o primeiro gol da seleção africana na Copa.

Agora era o time de Felipão que passava sufoco. Os africanos se esbaldavam pelas laterais, especialmente pelo lado de Daniel Alves. Nos cruzamentos, especialmente nas cobranças de escanteio, levavam muito perigo.

Mas, para sorte do Brasil, o time tem Neymar. Mais uma vez Camarões saiu jogando errado, e a bola caiu nos pés do camisa 10, na intermediária. Ele avançou, se livrou da marcação de um rival e chutou rasteiro para colocar o Brasil novamente em vantagem. Com o gol, ele se isolou na liderança da artilharia do Mundial.

O primeiro tempo acabou com Neymar tendo seu nome gritado por todo o estádio. E ele retribuiu com toques de muita categoria. Na saída para o vestiário, o craque ainda tirou fotos com membros da comissão técnica de Camarões.

O time nacional estava em vantagem no placar, mas três jogadores repetiram as performances fracas dos jogos contra Croácia e México: Daniel Alves, Paulinho e Fred. Mas apenas o volante perdeu o lugar na volta para o segundo tempo, quando Felipão optou pela entrada de Fernandinho.

Fred ficou em campo, e, aos 2min do segundo tempo, enfim apareceu, em um chute forte, de fora da área, que no entanto foi defendido por Itandje.

Mas o jogador do Fluminense precisou contar com a ajuda da arbitragem. Aos 4min, Fernandinho inicou a jogada. A bola ficou com David Luiz, que cruzou. Fred, impedido, só teve o trabalho de empurrar com a cabeça, para as redes e fazer o terceiro do Brasil.

Era a senha, com o jogo praticamente decidido, para Felipão tirar de campo os pendurados Thiago Silva, Luiz Gustavo e Neymar. Mas o treinador fez o contrário, mantendo o trio e colocando em campo o único reserva também com um cartão amarelo: Ramires, no lugar de Hulk, que voltou ao time com atuação apagada.

Mas o risco de perder Neymar pesou, e, aos 26min, o camisa 10 deixou o campo para evitar um novo cartão e a suspensão automática. Willian entrou em seu lugar.

O ritmo do jogo caiu bastante. Luiz Gustavo sentiu contusão, mas ficou em campo, já que Felipão havia queimado todas as substituições. Mas Fernandinho teve tempo de coroar sua atuação. Aos 39min, ele fez triangulação com Fred e Oscar, e chutou com categoria para sacramentar a goleada, 4 a 1, e provavelmente sua vaga no time titular.

A seleção embarca ainda nesta segunda-feira para Teresópolis, sua base de treinamentos durante a Copa. O time deve viajar na quinta-feira para Belo Horizonte, onde enfrenta o Chile, no sábado, às 13h, no estádio do Mineirão.

FICHA TÉCNICA:

CAMARÕES 1 X 4 BRASIL

Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF)

Data: segunda-feira, 23 de junho de 2014

Horário: 17h (de Brasília)

Público: 69.112

Árbitro: Jonas Eriksson (SUE)

Assistentes: Mathias Klasenius e Daniel Warnmark (ambos da Suécia)

Gols: Neymar, aos 17min, Matip, aos 26min, Neymar aos 34min do primeiro tempo; Fred, aos 4min, Fernandinho aos 39min do segundo tempo

Cartões amarelos: Enoh (CAM)

CAMARÕES: Itandje; Nyom, Nkoulou, Matip e Bedimo; Nguemo, Enoh e Mbia; Choupo Moting (Makoun), Moukandjo (Salli) e Aboubakar (Webo). Técnico: Jonas Eriksson

BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho) e Oscar; Hulk (Ramires), Fred e Neymar (Willian). Técnico: Luiz Felipe Scolari


FONTE: ESPN

Presente de aniversário: Messi faz 27 anos e encara freguês histórico

Messi na coletiva da Argentina (Foto: AP)

É dia de festa na Argentina. Nesta terça-feira, Lionel Messi completa 27 anos de idade. Concentrado para a Copa do Mundo, o craque terá que deixar a celebração para dentro de campo, e o convidado da vez é um velho conhecido que costuma deixar belas lembranças. Na quarta-feira, às 13h (de Brasília), os hermanos encaram a Nigéria, no Beira-Rio, em jogo que vale a liderança do Grupo F. Será a quarta vez que o confronto será realizado nos últimos seis Mundiais, e todos acabaram com festa em Buenos Aires.

Em 1994, 2002 e 2010, os africanos também cruzaram o caminho da Argentina na fase de grupos. O resultado? Três vitórias dos hermanos, mas sempre com dificuldade. Os argentinos têm recordações positivas de jogos com a Nigéria também em seleções inferiores. Foram eles os rivais nas conquistas do Mundial Sub-20 de 2005 e das Olimpíadas de Pequim-2008 - ambas com Messi em campo. A página triste nesta história aconteceu em 1996, quando, liderados por Kanu, os nigerianos venceram a final olímpica em Atlanta.

No total, levando em conta apenas a seleção principal, Argentina e Nigéria se enfrentaram seis vezes, com quatro vitórias para os hermanos, um empate e somente uma derrota, além de oito gols marcados e seis sofridos. O revés, por sinal, aconteceu neste ciclo de Copa: 4 a 1 em amistoso em junho de 2011, em Abuja, sob o comando de Sérgio Batista, pouco antes da Copa América. Três meses depois e já com Sabella, o troco: 3 a 1, em nova partida amigável, em Bangladesh.


O primeiro encontro entre Argentina e Nigéria em Copas entrou para história. Não pelo futebol desempenhado no 2 a 1 de virada, com dois gols de Canniggia, mas pelo que aconteceu depois. Foi nesta partida, em Foxborough, nos EUA, que Diego Armando Maradona foi pego no exame antidoping e colocou um ponto final em sua história em Mundiais - praticamente também na seleção.

O exame apontou que o craque tinha consumindo cinco substâncias proibidas: efedrina, norefedrina, pseudoefedrina, norpseudoefedrina e metaefedrina, todas presentes em descongestionantes nasais e que podem dar um estímulo aos atletas. Na ocasião, a cena de Maradona saindo do campo sorrindo e de mãos das a uma enfermeira foi marcante. Após o resultado, a Fifa excluiu o jogador daquele Mundial.



Oito anos depois, na Copa da Coreia e do Japão, os nigerianos cruzaram o caminho dos argentinos na estreia. O 1 a 0, gol de Batistuta, até garantiu um bom início para o time de Bielsa, que tropeçou diante de Inglaterra e Suécia na sequência e acabou eliminado na primeira fase. Heinze, com um gol de cabeça, foi o herói do 1 a 0 no encontro de quatro anos atrás, na Copa da África do Sul .

Placares apertados, por sinal, são uma rotina do confronto entre a Argentina e seleções africanas na história dos Mundiais. Além dos três jogos contra a Nigéria, os hermanos foram surpreendidos por Camarões e, então campeões, perderam por 1 a 0 na estreia em 1990. Em 2006, o rival foi a Costa do Marfim, e foi necessário suar para fazer 2 a 1, também na primeira partida.


Nigéria é freguês da Geração Messi

Messi esteve no elenco campeão mundial sub-20 em 2005 (Foto: Getty Images)

Duelos equilibrados também marcaram o histórico em seleções de base, e Lionel Messi foi determinante para dar o troco após a Nigéria fazer 3 a 2 na final olímpica em Atlanta-1996. Foi do craque do Barcelona os dois gols que decretaram a vitória por 2 a 1 na decisão do Mundial Sub-20 de 2005, na Holanda. O atual capitão, inclusive, foi artilheiro e eleito o melhor jogador da competição, diante de um time nigeriano com peças que compõem o elenco atual, como Obi Mikel, do Chelsea.

Naquela partida, Zabaleta, Garay, Gago, Biglia e Agüero também estiveram em campo - e fazem parte do grupo que disputa a Copa no Brasil. Três anos depois, a base foi a mesma em Pequim e com caras novas. Oito dos 11 titulares na China são titulares do time de Sabella e estarão no jogo do Beira-Rio, entre eles Angel Di María, autor do gol do título, com triunfo por 1 a 0.

Nesta quarta-feira, mais um capítulo da curta, mas badalada história entre argentinos e nigerianos será escrito. Desta vez, com um protagonista mais do que definido e doido por novos motivos para festejar, além de completar 27 anos.

Números do confronto
Jogos pela seleção principal: 6
Vitórias da Argentina: 4
Empate: 1
Vitória da Nigéria: 1

Finais
Jogos Olímpicos de Atlanta-1996: Nigéria 3 x 2
Mundial Sub-20 de 2005: Argentina 2 x 1
Jogos Olímpicos de Pequim-2008: Argentina 1 x 0

Copas do Mundo
EUA-1994: Argentina 2 x 1
Coreia e Japão-2002: Argentina 1 x 0
África do Sul-2010: Argentina 1 x 0

FONTE: GLOBO ESPORTE

Argentinos comemoram 'Brasil só na final' da Copa; franceses veem Neymar 'solitário'

Argentinos gostaram de evitar o Brasil (© Reprodução)

O diário Olé, da Argentina, não costuma aliviar quando o tema é provocar o Brasil. Mas, desta vez, o tom mudou

A goleada da seleção brasileira sobre Camarões, por 4 a 1, pode não ter sido a melhor mostra de futebol dos comandados de Luiz Felipe Scolari. Mas ela ganhou destaque na mídia de países que têm um histórico de rivalidade com os brasileiros.

O diário Olé, da Argentina, não costuma aliviar quando o tema é provocar o Brasil. Mas, desta vez, o tom mudou. Em sua capa nesta terça-feira, o jornal quase comemora a vitória brasileira contra o selecionado africano.

O título da área dedicada à seleção brasileira é "Neymar que no por bien no venga", um trocadilho com "No hay mal que por bien no venga" - em português, algo como "Há males que vem para bem".

Sendo assim, a derrota a seleção brasileira - para os argentinos, um mal - foi boa, porque, se ficarem em primeiro de seu grupo, os bicampeões só enfrentarão os rivais sul-americanos em uma eventual decisão.

"Brasil goleou Camarões por 4 a 1 e fica do outro lado da chave: até a final não poderemos encontrá-lo. Nos vemos no Maracanã", diz o jornal, ainda em sua chamada de capa.

O francês L'Équipe, menos preocupado com os cruzamentos das próximas fases, faz uma constatação em tom de alerta. "Neymar, estrela solitária" é o título, fazendo alusão à dependência que a seleção brasileira tem de seu camisa 10.

"A seleção brasileira se impôs graças a dois gols de seu genial atacante, agora o maior goleador do torneio", diz o diário francês.




FONTE: GLOBO ESPORTE

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Já classificada, Costa Rica promete não facilitar contra a Inglaterra

Jorge Luis Pinto, o comandante da surpreendente Costa Rica

O técnico Jorge Luis Pinto garantiu que vai lutar até o fim pela vitória

Apesar de já ter superado todas as expectativas e garantido sua vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo, a Costa Rica vai lutar “até a morte” para vencer a Inglaterra, terça-feira, pelo Grupo D. Ao menos é o que diz o técnico da equipe, Jorge Luis Pinto. Os costarriquenhos, que já venceram Uruguai e Itália, enfrentam o já eliminado English Team no Mineirão às 13h.

“Iremos com tudo. Defenderemos até a morte essa primeira colocação”, disse o treinador colombiano, que admitiu poder mudar até dois jogadores do time titular. O defensor Roy Miller, no entanto, já foi confirmado entre os titulares. Pinto também disse que acredita em uma Inglaterra forte no jogo. A Costa Rica precisa apenas de um empate para ficar no primeiro lugar do chamado “Grupo da Morte”.

“Faltou sorte para a Inglaterra nas finalizações (...) Eles têm jogadores jovens muito bons. Penso que será um jogo forte. A Inglaterra vai querer levar o orgulho para casa, e nós queremos ser o primeiro do grupo”, afirmou.




FONTE: ESPN

Provocações, golaço e despedida: Espanha vence e evita sua pior campanha na história

Holanda 2 x 0 Chile (© AP)

Na despedida da Copa, os atuais campeões bateram a Austrália por 3 a 0

Só David Villa salva. Se na campanha do título mundial em 2010 ele foi protagonista, nesta segunda-feira, em sua despedida da seleção espanhola, o atacante voltou a brilhar.

Em um jogo na Arena da Baixada que não valia qualquer coisa para Espanha e Austrália (já eliminadas da Copa do Mundo), as provocações seriam o único destaque. Mas David Villa e sua camisa 7 estiveram presentes: ele anotou de letra o golaço que abriu a única vitória dos espanhóis no Brasil, 3 a 0. Fernando Torres e Juan Mata fizeram os outros na etapa final.



Este foi o nono gol em 11 jogos do atacante de 32 anos em Copas do Mundo. Maior artilheiro da história da Roja, Villa deu um fim digno para sua passagem com a camisa vermelha, assim como para seu país, nesta que foi a pior campanha da seleção ibérica no principal evento do futebol desde 1966. Ou seja, em 48 anos. Na Inglaterra, a Espanha também venceu um jogo e perdeu os outros dois, caindo na fase de grupos.

A torcida no estádio de Curitiba não perdoou os espanhóis e fez muita provocação. "Eliminados", "Pentacampeão" e muitos "olés" eram gritados pelos presentes, em sua grande maioria com camisas amarelas pelo Brasil e pela Austrália. Até o "tá chegando a hora" foi entoado pelos torcedores.

A cada investida no ataque dos Aussies, o grito ia aumentando. Mas a deficiência técnica era nítida dos comandados de Ange Postecoglou. Pelo lado espanhol, sem motivação, os atacantes demoraram a aparecer, e as vaias só aumentavam.

A partir da metade do primeiro tempo, no entanto, elas diminuíram, e o jogo 'tiki-taka' da Espanha apareceu. Com Iniesta no comando das ações, o gol saiu aos 36 minutos. E que golaço! Iniesta lançou em profundidade para Juanfran disparar pela direita, invadir a área e cruzar rasteiro para David Villa.

De letra. De taquito. De calcanhar. Como você preferir chamar.

O camisa 7 balançou as redes e premiou sua passagem pela seleção lindamente. São 59 gols pela Espanha, ninguém fez mais do que ele. Logo aos 10 minutos da etapa final, David Villa foi substituído por Juan Mata. Não gostou. Queria ter aproveitado mais sua última partida pela equipe que ajudou a transformar em referência.

Ao sentar no banco de reservas, chorou. Sabe que é um ícone.

Fernando Torres também deixou sua marca aos 24 da etapa final, aproveitando enfiada de bola de Iniesta, ao melhor estilo do meia do Barcelona. Já aos 36, Fábregas descolou lindo lançamento para Mata, livre dentro da área, que tocou por baixo de Ryan.

As despedidas, porém, podem ter sido maiores. O técnico Vicente del Bosque não sabe se fica, Iker Casillas, Xabi Alonso e Xavi estariam próximos do adeus.

A nova Espanha começa a ser desenhada com a última partida na sua pior Copa do Mundo em 48 anos. O reinado, agora, será de outro país.

FICHA TÉCNICA

AUSTRÁLIA 0X3 ESPANHA

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

Data: segunda-feira, 23 de junho

Horário: 13h (de Brasília)

Público: 39.375 pessoas

Árbitro: Nawaf Shukralla (BAR)

Assistentes: Yaser Tulefat e Ebrahim Saleh (ambos BAR)

Cartões amarelos: Spiranovic (Austrália); Sergio Ramos (Espanha)

Gol: Espanha - David Villa, aos 36 do primeiro tempo, Fernando Torres, aos 24, e Juan Mata, aos 36 minutos do segundo tempo

AUSTRÁLIA: Ryan; McGowan, Wilkinson, Spiranovic e Davidson; McKay, Jedinak e Bozanic (Bresciano); Oar (Troisi), Leckie e Taggart (Halloran). Técnico: Ange Postecoglou.

ESPANHA: Pepe Reina; Juanfran, Albiol, Sergio Ramos e Jordi Alba; Xabi Alonso (David Silva), Koke, Iniesta e Cazorla (Fábregas); David Villa (Juan Mata) e Fernando Torres.Técnico: Vicente del Bosque.




FONTE: ESPN

Comercial Itaú Copa do Mundo 2014 - Mostra tua força, Brasil

Robben, o garçom! Holanda supera Chile no duelo dos ataques e é campeã do grupo B

Holanda bate o Chile e confirma 1º lugar

O esperado duelo dos ataques ente Holanda e Chile nesta quinta-feira na Arena Corinthians, em São Paulo, teve gol apenas depois dos 32 minutos do segundo tempo...

O esperado duelo dos ataques ente Holanda e Chile nesta quinta-feira na Arena Corinthians, em São Paulo, teve gol apenas depois dos 32 minutos do segundo tempo. Foram dois, ambos laranjas e com participação do astro Robben.

Ele cobrou o escanteio para que Leroy Fer, que saíra do banco há pouco, cabeceasse livre e abrisse o placar. Depois, já nos acréscimos, ele partiu em disparada pela esquerda em rápido contra-ataque e cruzou para Depay escorar e definir o triunfo.

A estrela do Bayern de Munique definiu de novo, mesmo sem desta vez ter Van Persie, suspenso, ao seu lado e sem fazer gols. Ele foi o garçom, o homem da assistência. Responsável por fazer a Holanda campeã do grupo B.

Agora, a seleção comandada por Louis van Gaal espera a definição da chave A, na qual Brasil, Croácia e México brigam por duas vagas, para saber qual país enfrentará nas oitavas de final, em jogo no dia 29.

O Chile, que assim como os europeus, já estava clasificado, jogará um dia antes contra o campeão deste mesmo grupo, embora tenha criado boas oportunidades para sair com o triunfo e, possivelmente, diante da fragilidade de Camarões, já eliminado, evitar o confronto diante do Brasil.

O jogo - Quem imaginava um jogo eletrizante desde o começo, decepcionou-se. Os superataques de Chile e Holanda, que chegaram para a partida tendo, juntos, 13 gols, não conseguiam produzir muito na primeira metade do primeiro tempo.

A conclusão inicial, bem tímida aliás, só saiu aos 12 minutos, sem arrancar muitos suspiros. Mena cruzou da esquerda para a cabeçada de Alexis Sánchez, mas a bola foi por cima do gol de Cillessen.

Só depois dos 22 minutos passou a haver chances claras de gol. Alexis Sánchez cobrou escanteio da esquerda do ataque chileno, rasteiro, em clara jogada ensaiada. Gutiérrez apareceu livre no meio da área e bateu de esquerda, mas mandou por cima do gol.

A Holanda chegou pela primeira vez de forma efetiva em bola parada. Aos 24, Lens foi lançado e ganhava na corrida quando foi derrubado na intermediária por SIlva, que tomou cartão amarelo. Sneijder bateu a falta direto, de direita, mas Bravo fez a defesa de forma tranquila, ainda que em dois tempos.

Aos 33, Rooben arrancou pela segunda vez na partida, como é sua característica, de novo pelo lado direito, mas errou o passe na hora H para De Jong, que invadia a área livre ao seu lado.

A Holanda voltou a ameaçar com perigo de novo na bola parada. Aos 35, Robben levantou na área uma falta lateral, De Vrij subiu mais que todo mundo no segundo pau e cabeceou, mas a bola passou tiranto tinta da trave direita de Bravo.

Aos 40, Robben, enfim, encaixou de forma perfeita uma de suas arrancadas. Ele partiu com a bola do meio de campo, foi cortando para a esquerda, superou Jara, Medel e Silva, este último já dentro da área, e bateu cruzado, mas a bola passou à esquerda de Bravo e saiu pela linha de fundo.

Sampaoli voltou para o segundo tempo com Beausejour no lugar de Gutiérrez, Van Gaal não mexeu. E o Chile começou melhor. Aos 11, Alexis Sánchez, chutou da intermediária e mandou por cima do gol.

Inspirado, o atacante do Barcelona fez linda jogada aos 20, quando colocou a bola entre as pernas de Lens, que ajudava a defesa, e chutou forte para Cillessen espalmar. Só a equipe sul-americana atacava na etapa final.

Até que Robben, aos 21, conseguiu ótima finalização e obrigou Bravo à bela defesa.

Aos 24, Van Gaal tirou Lens e colocou Depay. Aos 25, Valdivia entrou no lugar do zagueiro Silva, que já tinha cartão marelo, em clara demonstração de Sampaoli de que buscava o triunfo. O palmeirense foi muito vaiado e aplaudido, dividindo o estádio.

Aos 29, Fer entrou na vaga de Sneijder. E com muita sorte. Após Depay obrigar Bravo a mandar bola para fora em chutaço de fora da área, aos 31, o meio-campista do Norwich City, da Inglaterra, subiu mais que todo mundo no escantteio batido por Robben aos 32 e com muita liberdade cabeceou para fazer 1 a 0 para a Holanda.

FICHA TÉCNICA:

HOLANDA 2 x 0 CHILE

Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)

Data: 23 de junho de 2014, segunda-feira

Horário: 13 horas (de Brasília)

Árbitro: Bakary Gassama (GAM)

Assistentes: Evarist Menkouande (CAM) e Felicien Kabanda (RWA)

Cartões amarelos: Blind (Holanda); Silva (Chile)

GOLS: Fer, aos 32 minutos, e Depay, aos 46 do segundo tempo

HOLANDA: Cillessen; Janmaat, De Vrij, Vlaar, Blind e Kuyt; De Jong, Wijnaldum e Sneijder (Fer); Robben e Lens (Depay)

Técnico: Louis van Gaal

CHILE: Bravo; Medel, Silva (Valdivia) e Jara; Isla, Diaz, Aránguiz, Gutiérrez (Beausejour) e Mena; Vargas e Alexis Sánchez

Técnico: Jorge Sampaoli




FONTE: MSN

Nigéria chega a Porto Alegre com frio, chuva e torcedor sem medo de Messi

Chegada Nigéria (Foto: Jorge Natan)

Depois do calor de Cuiabá, o frio de Porto Alegre. Em dia chuvoso, a Nigéria desembarcou no início da tarde desta segunda-feira na capital gaúcha e seguiu direto para o hotel. A equipe tem um treino marcado para 14h30 (de Brasília) na Arena do Grêmio. Diferentemente do embarque em Campinas, que teve festa dos fãs, apenas um torcedor foi ao aeroporto Internacional Salgado Filho para recepcionar sua seleção.

O nigeriano Kay Omoniyi, de 33 anos, mora há 11 na cidade e já é quase um brasileiro. Português fluente, torcedor do Internacional e estudante de Engenharia Elétrica. Mas com as Super Águias em Porto Alegre, voltou a vestir a camisa da seleção. Valeu até faltar ao trabalho mesmo para ver os jogadores de longe, de uma passarela em frente à pista. Solitário, virou atração entre a imprensa, que sequer percebeu uma torcedora passar com a camisa da Argentina, adversária dos africanos na quarta-feira. E Messi, autor de dois gols na Copa, não causa temos no torcedor nigeriano.

- Temos goleiro. O Messi é que tem que ter medo do nosso goleiro. Nunca fez gol nele. Temos que ganhar, 1 a 0 está bom - disse o nigeriano, que não conseguiu ingresso para a partida e vai tentar encontrar alguém vendendo.

Torcedor solitário da Nigéria mora há 11 anos em Porto Alegre, é colorado e estudante de Engenharia (Foto: Thiago Lima)

A chegada no hotel também foi tranquila e rápida. Alguns atletas acenaram para os curiosos que aguardavam na calçada, enquanto outros pararam, deram autógrafos e posaram para fotos. A retirada de bagagens foi acelerada, uma vez que o time teria apenas cerca de 50 minutos entre a chegada ao local e uma nova saída, para o treino na Arena do Grêmio. A expectativa é saber se o técnico Stephen Keshi vai manter a mesma equipe que venceu a Bósnia.

As Super Águias encaminharam a classificação para as oitavas de final no Mundial, o que não acontece desde a Copa da França, em 1998. Jogando por um empate para garantir a vaga, a Nigéria enfrenta a Argentina às 13 (de Brasília) desta quarta-feira, no Beira-Rio. Se perder, terá de torcer para o Irã não vencer a Bósnia na Fonte Nova, no mesmo horário.

FONTE: GLOBO ESPORTE

Sob chuva, Itália faz seu último treino antes de "decisão" com o Uruguai

Jogadores Itália treino (Foto: Chandy Teixeira)

Em poucos dias em Natal, a seleção da Itália conviveu com variações climáticas - quesito bastante discutidos nas coletivas. Após realizar o primeiro treino sob forte calor, a Azzurra fez no início da tarde desta segunda-feira o treino de reconhecimento do gramado da Arena das Dunas com chuva e temperatura amena. Em atividade leve com duração de pouco mais de uma hora, os jogadores deram corridas leves e realizaram um rachão com campo reduzido.

O destaque do treinamento foi o susto de Sirigu. Enquanto realizava treinamento especifico, o goleiro caiu de mal jeito e sentiu um problema no joelho direito. Os médicos atenderam o jogador, que voltou normalmente às atividades.

O técnico Prandelli também comandou um rachão com titulares e reservas misturados. O atacante Balotelli marcou um dos gols da equipe sem colete, que venceu por 2 a 0. Incomum em véspera de jogos, a imprensa teve acesso ao treinamento completo.

Mistério na escalação

Antes do treinamento, Prandelli esteve na coletiva de imprensa e não quis divulgar a escalação para o jogo da vida da Itália. Entretanto, o técnico deve alterar o esquema tático italiano para o 3-5-2, com Immobile e Balotelli formando a dupla de ataque. Este ponto, inclusive, foi uma das perguntas endereçadas ao comandante da Azzurra.

Italianos arrisca finalizações na atividade desta terça-feira, em Natal (Foto: Chandy Teixeira)

- Em primeiro lugar, eu nunca disse que eles não poderiam jogar juntos. A partir do momento que você decide jogar com dois atacantes precisa pensar também no esquema tático. Às vezes, não é o numero de atacantes que importa, mas as oportunidades de preencher o campo de ataque.Nós temos ideias, mas até o ultimo momento quero manter todos em alerta para estarem prontos.

Apesar da pressão dos últimos dias, a Itália avançará para as oitavas de final com um empate diante do Uruguai. Para ficar com o primeiro lugar do Grupo D, a Azzurra precisa que a Costa Rica perca para a Inglaterra, além de tirar uma diferença de três gols de saldo.


FONTE: GLOBO ESPORTE

Behrami tira lições de derrota para França: "Estamos mais unidos"

Behrami Suíça coletiva (Foto: Thiago Quintella)

Com uma decisão para uma vaga nas oitavas de final pela frente na quarta-feira, o assunto do momento na Suíça ainda é a derrota para França. Ao menos no treinamentos, como o desta segunda-feira, o ambiente parece mais leve e, o trauma da derrota por 5 a 2, superado. Muitos sorrisos, brincadeiras, e clima descontraído entre os atletas puderam ser visto nos 15 minutos de acesso para a imprensa. Até mesmo nas coletivas, os sorrisos voltam a aparecer, ainda que menos do que após o triunfo contra o Equador.

Behrami, volante da seleção, garante que o ambiente está ótimo. E que, de alguma forma, foi justamente a derrota para os franceses que causou isso entre os suíços.

- É normal que cada jogador esteja decepcionado. Precisamos esquecer isso. Não temos tempo para lamentar o que aconteceu. São 90 minutos que precisamos fazer de tudo, e precisamos melhorar (...) Duas coisas podem acontecer depois de um desastre como aquele: ou os jogadores atacam uns aos outros ou a equipe acaba ficando mais unida. Com a gente, aconteceu a última opção - disse Behrami.

Desde a chegada da delegação ao Brasil, o clima sempre foi colocado como um dos fatores mais difíceis de serem suportados pelos suíços. Mesmo antes da partida contra o Equador, o temor pela umidade de Manaus sempre foi tratado pela comissão técnica. Após quase três semanas no país, no entanto, Behrami não vê as condições climáticas como "desculpa" para a Suíça, ainda que enfrentem uma equipe da América Central.


- Nós fizemos tudo que estava a nosso alcance para lidar com o clima de Manaus. Temos pessoas (da delegação suíça) que já foram lá, estão nos preparando para esse jogo. Portugal jogou contra os Estados Unidos e os americanos tiveram dificuldade também. Não importa onde vamos jogar, mas sim como vamos jogar. Nós temos a chance de ir para a próxima fase, mas antes temos que vencer Honduras. Vamos fazer de tudo. Todos podem fazer mais do que já mostraram até aqui - garantiu.

Passe errado de Behrami causou jogada do segundo gol da França contra a Suíça (Foto: Reuters)


Muito criticado após ter errado o passe que originou o gol contra a França, o volante pode ser substituído por Dzemaili para o confronto com os hondurenhos. Assumindo o erro, Behrami preferiu não fazer prognósticos quanto a escalação da equipe e ressaltou a importância da Suíça defender bem para sair com a vaga.


- Não tem muito tempo para falar do jogo que aconteceu. A preparação numa Copa do Mundo é muito apertada. Por isso temos que olhar para frente. Não podemos chegar no campo com insegurança ou pensamento negativo porque perdeu um jogo. Na primeira partida estávamos muito nervosos por ser a estreia. Na segunda, cometemos muitos erros individuais, como o meu, e acabamos perdendo a mão da partida. Você não pode pensar que não fez o papel, que só você errou, é uma seleção inteira. Honduras vai jogar ofensivamente porque é a única chance de se classificarem. O mais importante, primeiro, é defender bem e não sofrer gols. Só depois pensar em atacar - afirmou.

FONTE: GLOBO ESPORTE

“Só milagre”: imprensa lusa mostra decepção com situação de Portugal

Montagem capas jornais portuueses (Foto: Editoria de Arte)

Com o empate garantido no último minuto, contra os Estados Unidos, na Arena Amazônia, Portugal ainda está vivo na Copa do Mundo. A seleção, porém, depende de uma combinação de resultados na próxima quinta-feira para se classificar. E foi neste clima que amanheceu o país nesta segunda-feira. As capas dos principais jornais lusos mostram que os portugueses não estão muito confiantes em Cristiano Ronaldo & Cia.


O jornal “O Jogo” traz a manchete “Agarrados à máquina” e lembra que a seleção está viva, mas, como de costume, faz contas para buscar vaga nas oitavas de final. O “A Bola” segue na mesma linha: “Presos por arames”. A publicação diz que ainda há esperança, mas destaca que só um milagre será capaz de manter Portugal no Mundial.

E a difícil missão lusitana é o destaque do “Record”. Com o título “Só por milagre”, o jornal traz na capa as necessidades de Portugal na última rodada da fase de grupos: “Vencer Gana, EUA-Alemanha sem empate, anular diferença de cinco gols e sorte em caso de sorteio”.


Portugal volta a campo na próxima quinta-feira, às 13h, para enfrentar Gana, no Mané Garrincha. No mesmo horário, Estados Unidos e Alemanha se enfrentam na Arena Pernambuco. O time de Cristiano Ronaldo precisa vencer seu jogo e ainda esperar o resultado do outro duelo para tentar tirar a diferença no saldo de gols. Alemães e americanos, no entanto, jogam por um empate para assegurarem a vaga.

fonte: globo esporte

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Cachorro molhado! Dicas para dar banho no seu pet sem sair de casa

Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

Você encara o banho do seu bichinho de estimação acreditando que não há nada muito complicado em ensaboar, limpar e enxugar. Munido de uma escovinha e um sabonete qualquer, você tem apenas uma missão: deixá-lo limpo. Mas o resultado não fica tão lá bom assim e, não muito dificilmente, o pelo do cãozinho embola, ele se estressa e até começa a desenvolver alergias.

Se essa situação lhe parece familiar, é hora de mudar seus pensamentos e começar a pensar no momento do banho como um dos mais importantes da relação entre dono e animal. Confira as dicas da veterinária Mayara Pacheco e aprenda a fazer a higiene do seu bichinho da maneira correta e sem sair de casa.


Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

Seja por necessidades financeiras, falta de tempo e até mesmo preocupações com a forma que o animal será tratado no pet shop, ainda existem muitos donos que preferem dar banho nos cachorros dentro de casa. E não há mal nenhum nisso, pelo contrário! É nesse momento em que o dono irá limpar, lavar, escovar e analisar o corpo de sua mascote - podendo até mesmo detectar a presença de algum problema na saúde dele. A interação com o animal no momento do banho, aliás, também é um dos motivos que levam várias pessoas a dispensarem os pet shops na realização dessa tarefa.


Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

Não são apenas os gatos que realizam os famosos “banhos de língua”: por instinto, os cães também usam a saliva para espalhar bactérias nos pelos e limparem o corpo. Por isso mesmo, a veterinária Mayara Pacheco diz que a frequência do banho depende mais da necessidade do dono do que do animal: “não é necessário dar banhos toda semana, a lógica não é a mesma do ser humano”, disse ela.

Tudo vai depender, é claro, do quanto os bichinhos se sujam e até mesmo do tipo de pelagem que eles tiverem (algumas requerem banhos mais frequentes). Animais de grande porte e pelos longos, por exemplo, exigem uma escovação completa - consequentemente, o espaço entre um banho e outro acaba sendo maior. Mas, em geral, o aconselhável é que os banhos sejam menos frequentes e bem feitos do que constantes e executados de qualquer maneira.


Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

É comum os proprietários acharem que xampus de bebê podem ser um bom produto para os cãezinhos na hora da higiene devido à formula delicada. Porém, esse é um erro gravíssimo: “não se deve usar produtos de humanos porque o pH da pele [dos animais] é completamente diferente”, alertou Mayara. A veterinária explicou que essas substâncias podem ressecar bastante a pele dos bichinhos devido, justamente, à formulação - que contém corantes, perfumes (que causam sérias alergias) e outros ingredientes voltados para os seres humanos.

Também é frequente que os donos usem sabão de coco na hora de lavar as mascotes. O que muitos não sabem, porém, é que os sabonetes e xampus de coco indicados para a higiene do cãozinho são aqueles desenvolvidos especialmente para os pets - e não são os comuns, de lavar roupa (que, além do pH inadequado, irritam muito a pele dos animais). Na dúvida, Mayara aconselha: “o ideal é sempre comprar produtos de linha pet para banho”.

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Nem todos sabem, mas escovar o pêlo do cachorro antes de lavar faz uma grande diferença no resultado final - e ainda torna o banho mais rápido. Uma escovação caprichada remove os pêlos soltos, previne possíveis nós e embaraços na hora de esfregar e ainda melhora a eficiência do xampu na limpeza da pele.

Caso você prefira, utilize um spray desembaraçante para ajudar a pentear com mais facilidade ou deixe para escovar os pelos na hora de passar o condicionador (tudo vai depender da pelagem do seu cão). As escovadas devem ser firmes e suaves para não machucar o animal e seguir o sentido do crescimento do pelo do cachorro.

Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

Você já decidiu onde irá dar banho na sua mascote? Enquanto pias e tanques são suficientes para animais de pequeno porte, banheiras podem ser a melhor opção para os cachorros maiores. Boxes de banheiros podem não ser uma boa ideia principalmente se o seu cãozinho tiver pavor de água e ficar incontrolável (as chances de acidentes são grandes). Quintais são boas opções pois permitem liberdade de movimento, mas caso use mangueiras externas, preste atenção na temperatura da água. O banho ideal para os cães tem a temperatura morna para fria. A água quente é completamente contra-indicada para os animais, prejudica a pelagem e pode até provocar queimaduras - a depender da sensibilidade do seu cachorro. Em dias quentes, opte pela temperatura ambiente da água.

Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

Assim como as limpezas feitas por especialistas exigem particularidades, o banho dado em casa também pede alguns cuidados essenciais para manter a saúde do seu cão em dia. E um deles diz respeito às áreas sensíveis do corpo do seu bichinho de estimação. É indicado aplicar uma pomada oftálmica ao redor dos olhos dos animais de focinho mais curto, como Boxer, Lhasa Apso, Pug e Bulldog, (os olhos dessas raças são muito sensíveis) para evitar qualquer irritação caso algum produto caia no local.

A veterinária Mayara também chama atenção para o cuidado extremo que os ouvidos dos cães deve receber. “O proprietário deve ser extremamente cauteloso em proteger essa região”, disse a médica. É indicado cobrir a região com chumaços de algodão para garantir que a água não vá entrar pelos canais do ouvido. “Se for um animal muito inquieto, recomenda-se que nem lave a cabeça ou que leve a um pet shop de confiança - principalmente em raças predispostas a problemas auriculares, como o Cocker Spaniel”, completou Mayara.


Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

O processo da secagem do animal vai depender do tipo de pelagem que ele tiver. Segundo Mayara, o ideal é retirar o excesso de água com uma toalha macia e felpuda e deixar que o cãozinho seque naturalmente ao sol. “Nesse caso, é legal escolher horários com temperaturas mais amenas”, disse a veterinária, atentando para as horas do dia em que o sol é muito forte.

Quando o proprietário não tiver essa escolha, o uso do secador está permitido - contanto que haja cuidado. “Para usar o secador deve-se ser cauteloso, pois, dependendo da temperatura do vento produzido, pode-se provocar queimaduras”, disse Mayara. Portanto, escolha uma temperatura agradável (morna, nunca quente) no aparelho e aproveite o vento para escovar os pêlos do cãozinho - isso vai deixa-los ainda mais macios e brilhantes.


Aprenda já a maneira correta de dar banho no seu bichinho dentro casa e faça do momento uma ótima oportunidade para conhecer e interagir ainda mais com seu cachorro - 1 (© Shutterstock)

O pós-banho é a parte que a maioria dos donos mais gosta: é aqui que eles colocam lacinhos, gravatinhas, perfumes, adesivos e até mesmo spray de brilho nos cachorros. Porém, o que é ótimo para os humanos pode não ser tão bom assim para os companheiros de quatro patas - principalmente no que diz respeito aos perfumes. “O olfato dos animais é milhares de vezes mais apurado que o nosso”, explica Mayara. “E esse perfume pode provocar alergias nos cães, além do incômodo que aquele cheiro é para eles”, disse a veterinária.

Por isso, experimente finalizar o momento do banho de outra forma. Ao invés de cobrir os cachorrinhos de perfume (pense que eles já vão estar cheirosos devido ao xampu e sabonete usados), ofereça um biscoito, deixe o animal subir na cama, brinque com ele e até mesmo faça um passeio com o cão; lhe faça um mimo. É importante que o animal associe o banho a uma coisa boa para tornar esses momentos de intimidade mais prazerosos.


FONTE: MSN
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