quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Real Madrid marca como o Milan e ataca com Ronaldo para 'demolir' o Barça



José Mourinho aprendeu muito bem as lições que o Milan deu ao mundo do futebol na semana passada. O treinador português repetiu a estratégia defensiva da equipe italiana e ainda contou com um fator que só o Real Madrid poderia ter para ‘demolir’ o Barcelona em pleno Camp Nou e ir à final da Copa do Rei: Cristiano Ronaldo.

Com o empate de 1 a 1 no jogo de ida, o Real entrou em campo nesta terça precisando balançar as redes para se classificar à final – um 0 a 0 seria favorável ao Barça por conta do gol marcado fora de casa. Nem por isso, porém, partiu com tudo para o ataque. E o motivo é simples: a equipe catalã não sabe jogar com a vantagem embaixo do braço.

Ofensivo por natureza, o Barcelona partiu para o ataque com o tradicional domínio da posse de bola. Desta vez, porém, encontrou pela frente um poderoso esquema defensivo armado por José Mourinho. O técnico português plantou os volantes Xabi Alonso e Khedira em frente a zaga e preparou duas linhas de quatro bem compactas. Exatamente a mesma fórmula que o Milan usou para desbancar o Barça no jogo de ida das oitavas de final da Champions League.

A diferença é que o Real tem um jogador que o Milan não tem: Cristiano Ronaldo. O português jogou em seu mais alto nível nesta terça-feira, pouco errou e conduziu sozinho o setor ofensivo merengue.

Com Khedira preso atrás – o volante alemão costuma ser um dos elementos surpresa no ataque e praticamente faz uma dupla com Ozil na armação -, Ronaldo foi o responsável por puxar a maioria dos contra-ataques. Bola recuperada atrás e lançada para o português. Foi assim que saiu o primeiro gol merengue. Cristiano recebeu nas costas da marcação, ficou no mano a mano com Piqué, sofreu o pênalti e converteu a cobrança.

Messi buscou jogo, mas sofreu muito com a marcação

Do outro lado, Lionel Messi não soube o que fazer para se livrar da defesa adversária. O argentino bem que buscou jogo, mas não conseguiu se desvencilhar da implacável marcação. Com duas linhas de quatro bem próximas, mesmo que o primeiro marcador fosse deixado para trás, a cobertura sempre esteve a postos para evitar o perigo. Messi deu apenas dois chutes no gol, sendo um deles de falta.

Por diversas vezes, um lance que parecia de perigo para o Barcelona terminava em um chute travado pela defesa merengue. Em algumas destas vezes, a jogada ainda terminava em contra-ataque para o Real. Foi assim que Khedira rifou uma bola para o campo de ataque e acabou achando Di María em uma ação ofensiva que terminou no segundo gol de Ronaldo e liquidou as ações no Camp Nou. O terceiro gol ainda sairia após uma cobrança de escanteio, com o Barça já vendido em campo.

Real Madrid e Milan mostraram que o time considerado o melhor do mundo por tanto tempo tem muitas dificuldades em enfrentar defesas armadas com duas linhas bem próximas. Mais ainda quando o adversário possui um poder de contra-ataque imenso. Caberá ao Barcelona agora provar que pode achar uma solução para o problema. Uma das opções seria a entrada de David Villa para ser a referência do time da posse de bola no meio da área.

Ambrosini marca Messi no jogo entre Milan e Barcelona pela Champions League

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