domingo, 30 de setembro de 2012

Kleina diz que time jogou no embalo da torcida, e Valdivia pede 'invasão' no interior



O Palmeiras terá uma série de quatro jogos como mandante longe da cidade de São Paulo, já que foi punido pelo STJD pelos incidentes da torcida no Pacaembu durante o clássico contra o Corinthians. E na despedida momentânea do Pacaembu, a torcida foi em bom número: mais de 30 mil pessoas assistiram a vitória por 3 a 0 sobre a Ponte Preta.

"Essa energia passou pelo apoio da torcida. Jogar com a massa a favor faz o jogador ir adquirindo uma ferramenta que nesse ritmo final de campeonato é muito bom. Agora, vai ser uma perda, é só ver a pressão que a torcida fez. Mas que façam da viagem um entretenimento e siga apoiando em Araraquara ou Ribeirão Preto", disse Kleina.

Valdivia também ressaltou o bom número de torcedores no Pacaembu. "A gente está junto com o torcedor. Sofre quando não consegue. A gente nunca pensou em cair para a segunda divisão, sabia que era perigoso, mas a confiança vem quando você ganha. Agora tenho certeza que a torcida vai lotar os ônibus e invadir onde for", afirmou.

O Palmeiras jogará no interior contra Coritiba, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense. Depois, pode voltar à capital paulista diante do Atlético-GO, na 37ª rodada e última que tem como mandante no Campeonato Brasileiro.

Com 2 de Barcos, Palmeiras vence a Ponte e conquista feito inédito no Brasileiro

Na luta contra a zona de rebaixamento, o Palmeiras vai mostrando força e dando confiança ao seu torcedor que pode sair da incomoda situação. Neste sábado, diante de mais de 30 mil torcedores, a equipe teve uma atuação soberana e bateu a Ponte Preta por 3 a 0, no Pacaembu, em duelo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Hernán Barcos abriu o placar aos 12 minutos de jogo, quebrando um jejum de sete partidas sem balançar as redes, e ampliou dois minutos depois. Aos 14 do segundo tempo, Marcos Assunção completou o marcador ao fazer o terceiro gol do Palmeiras.

Com este resultado, o Palmeiras vai chegando perto de sair da zona de rebaixamento. A equipe tem 26 pontos na 18ª colocação e "seca" o Coritiba ­ primeiro time fora do Z-4 -, que tem 28 pontos e enfrenta o São Paulo neste domingo. A Ponte Preta está em 12º com 34 pontos ganhos até aqui.

Diante de sua ex-equipe, o técnico do Palmeiras, Gilson Kleina, conseguiu sua segunda vitória em dois jogos no time do Palestra Itália. O alviverde atinge também um feito inédito nesta edição do Brasileiro, já que não tinha dois triunfos seguidos na competição até aqui.

O Palmeiras volta a campo nesta terça-feira pela Copa Sul-Americana, onde joga novamente no Pacaembu, contra o Millonarios-COL no duelo de ida das oitavas de final do torneio.
O jogo ­ Diante da equipe que comandava há menos de duas semanas, Gilson Kleina mostrou a cara que impôs ao Palmeiras. Como na vitória sobre o Figueirense em sua estreia, lançou o time para o ataque nos minutos iniciais, pressionando a Ponte Preta entre sua intermediária defensiva e o gol.

Com Márcio Araújo posicionado como um terceiro zagueiro à frente de Mauricio Ramos e Thiago Heleno, liberando os laterais ­ principalmente Juninho, pela esquerda ­ e apostando no vigor físico de Henrique para carregar a bola aos homens da frente, o Verdão ocupou o campo adversário tendo como grande arma a velocidade de Maikon Leite.

O 3-5-2 armado pelo estreante Guto Ferreira foi imperceptível diante da postura amplamente ofensiva dos anfitriões. Com constante movimentação, os mandantes ainda tinham a opção que mais gostam: a bola parada. Aos cinco minutos de partida, Edson Bastos já tinha feito milagre em cabeçada de Artur, mostrado reflexo em cobrança de falta de Marcos Assunção e visto Maikon Leite balançar as redes pelo lado de fora.

O gol palmeirense era questão de tempo. E saiu logo em dose dupla. Aos 12 minutos, a zaga afastou mal uma falta cobrada por Assunção e a bola sobrou para Barcos abrir o placar. Dois minutos depois, Uendel falhou e Maikon Leite arrancou pela ponta direita até cruzar rasteiro para o centroavante, sem marcação, só tocar nas redes.

A intensa pressão deu resultado, como há uma semana, em Santa Catarina. E o Palmeiras, com 30 minutos até o intervalo, resolveu descansar. Não tivesse sido tão eficiente quando impôs um ritmo alucinante nos minutos iniciais, o time de Gilson Kleina teria sido complicado e jogado fora tanto esforço.

O Verdão passou a errar passes demais e, aos poucos, a Macaca começou a ter mais posse de bola no meio-campo e usar a sua principal opção: Cicinho, um ala direito que cansou de fazer filas driblando em direção à defesa paulistana. Mas faltava aos comandados de Guto Ferreira a eficiência que o adversário teve para fazer 2 a 0.

Embalado pela torcida, que cantou sem parar e teve boa presença no Pacaembu, o Palmeiras seguia se beneficiando da vantagem que abriu, mostrava garra para impedir a entrada do rival na área de Bruno e seguia assustando Edson Bastos na bola parada. Não fossem muitos vacilos de Maikon Leite, o terceiro gol poderia ter saído em um contra-ataque.

Antes do intervalo, a Macaca, enfim, conseguiu fazer Bruno trabalhar em cobrança de falta de Nikão, aos 42 minutos. Na volta para o segundo tempo, até esboçou uma pressão para acuar o Verdão em sua defesa. Mas, com chutões e intensa vibração, a equipe de Gilson Kleina logo jogou a bola para frente.

Tranquilo, como foi raro neste Campeonato Brasileiro, o Verdão conseguiu trocar passes e fazer a Ponte Preta correr atrás da bola. Em jogadas individuais de Valdivia e Barcos, foi criando chances de aniquilar a partida, parando quase sempre em Edson Bastos, mal protegido por um trio de zagueiros.

À medida que o cansaço começou a bater no clube campineiro, os meio-campistas diminuíram a marcação. A ponto de dar espaço para Marcos Assunção chutar da intermediária e fazer 3 a 0, aos 14 minutos do segundo tempo, aproveitando vacilo de Edson Bastos.

A partida estava definida, para alegria dos palmeirenses que, passaram a meia hora restante de jogo cantando para manifestar sua alegria. E vibrar até com arremates de Valdivia e Barcos na trave e defesas de Bruno, antes muito criticado.

Gilson Kleina ainda se sentiu à vontade para poupar jogadores importantes. Valdivia deixou o campo para a entrada de Daniel Carvalho. Já Marcos Assunção foi bastante aplaudido enquanto caminhou para dar seu lugar ao garoto João Denoni.

No último lance do jogo, os palmeirenses puderam comemorar até um gol incrível desperdiçado por Roger, que driblou Maurício Ramos e só tinha Bruno pela frente, mas chutou por cima. Pelo menos neste sábado, o ambiente mudou para o Verdão.

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