quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Presidente do Santos confirma proposta do Inter por Ganso e cutuca pedida salarial do meia



O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro não esconde que a possibilidade de o meia Paulo Henrique Ganso deixar o Santos depois dos Jogos Olímpicos de Londres é grande. Em entrevista à TV Cultura, o mandatário do Peixe admitiu que recebeu uma proposta oficial do Internacional pelo jogador (muito abaixo do esperado, segundo ele) e que a decisão sobre o futuro está, em maior parte, nas mãos do próprio jogador.

Segundo Laor, após ouvir de Ganso que ele queria permanecer, o Santos apresentou uma proposta que triplicava o valor dos salários – rejeitada pelo jogador. Através da DIS, empresa detentora de 55% dos direitos econômicos de Ganso, o atleta teria apresentado uma contraproposta em valores muito acima do mercado nacional. Com a recusa santista, o meia teria mudado de opinião e manifestado o desejo de sair. A multa rescisória para times do Brasil gira em torno de R$ 60 milhões.

“Está indefinido e depende dele. Ele não gostou da proposta que fizemos, e disse ‘dá uma melhorada, presidente’. Afirmei que não poderia pagar mais e ele voltou com uma contraproposta impensável para os padrões brasileiros. Eu disse que não pagaria, ele rebateu que queria sair. Com o valor que ele pedia, eu contrataria a seleção argentina e mais dois reservas uruguaios”, declarou.

“Na semana seguinte, ele veio com um diretor da empresa que o representa pedindo autorização pra trazer propostas. Chegou uma de um clube brasileiro em um valor muito inferior ao mínimo que imaginávamos, que era a multa rescisória. Eles tiveram a elegância, para eu não devolver falando que havia um erro de digitação, como fiz com o Porto, em dizer que era um primeiro número para colocar na mesa. A proposta era do Inter. Falamos que íamos conversar depois da Olimpíada, estamos esperando”, completou.

Na manhã desta terça-feira, Luis Alvaro reuniu-se com o técnico Muricy Ramalho e, entre outros assuntos, discutiu a situação de Ganso. Crítico em relação ao futebol apresentado pelo meia do Santos nesta temporada, o presidente admite que grande parte da torcida já nem quer mais o camisa 10 vestindo a camisa santista após os Jogos. No entanto, Laor ressalta que liberá-lo sem receber uma compensação adequada está fora de cogitação.

“O fato é: ele tem contrato. Não vale menos do que a multa. Se o clube fosse meu eu até poderia abrir mão, mas sou um delegado da vontade dos sócios. Acho que grande parte da torcida vê com muita restrição as atuações que ele tem tido. O Muricy ainda acredita que há um problema físico. Fez uma cirurgia, não tem ritmo de jogo... Tem que fazer um fortalecimento muscular. Haverá um momento que ele vai voltar a jogar. Se vai ser daqui um ou dois meses, não sei”, declarou o presidente.

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