Na final das argolas, Zanetti pode dar primeira medalha brasileira da história na ginástica

A ginástica brasileira pode conquistar sua primeira medalha na história dos Jogos Olímpicos, nesta segunda-feira, em Londres, com a final das argolas. Quarto colocado nas eliminatórias, Arthur Zanetti é um dos favoritos para subir ao pódio e até para conquistar o ouro na prova, que é sua especialidade.

A equipe de ginástica já teve boas chances com Daiane dos Santos em Atenas-2004 e Diego Hypólito em Pequim-2008, ambos no solo, mas ambos cometeram erros e terminaram sem medalhas.

Agora é a vez de Arthur Zanetti, de 22 anos. O ginasta de São Caetano do Sul (SP) vem de resultados expressivos, como as pratas no Mundial de Tóquio e no Pan de Guadalajara, ambos em 2011.

Ele conseguiu nas eliminatórias em Londres a marca de 15.616 pontos, enquanto o primeiro colocado, o chinês Chen Yibing, fez 15.858. Os atletas e os técnicos acreditam que quem fizer 16.000 será ouro.

“Eu mudei a minha série para a Olimpíada, porque saía de três décimos a menos que o meu maior rival, que é o chinês. Então agora estou igual a ele na minha nota de partida, não tem mais nenhuma diferença. Quem fizer a melhor série é que vai vencer”, afirmou Zanetti

Questionado se estará pressionado na final, o ginasta brasileiro afirmou: “Eu tenho acompanhamento psicológico, além do técnico [Marcos Goto], tenho nutricionista e fisioterapeuta. É um trabalho de equipe e todos os resultados que eu tenho conquistado eu devo a eles”.

Arthur Zanetti, porém, garante que a cobrança sobre ele mesmo é grande. “Sim, eu me pressiono. Sempre traço um objetivo para cada competição. É isso que me faz sentir bem e busca sempre fazer o meu melhor”, falou a última esperança brasileira de medalha na ginástica em Londres.